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A outra arma de Nicolás Maduro contra a oposição

07.04.24 08:47

O ditador Nicolás Maduro (foto) está fazendo o possível para impedir uma vitória da oposição nas eleições do dia 28 de julho.

Até agora, a maior parte das denúncias tem sido em relação à proibição da candidatura dos principais nomes da oposição, como María Corina Machado e Corina Yoris.

Mas Maduro está colocando em ação outra estratégia para impedir uma vitória da oposição, que é a de dificultar o voto dos venezuelanos jovens ou dos que vivem no exterior.

Desde o dia 18 de março, os venezuelanos que atingiram a maioridade ou estão prestes a atingir a maioridade antes da data prevista para as eleições podem inscrever-se em um cartório eleitoral, enquanto aqueles que já constam nele podem solicitar a mudança de centro de votação.

Estima-se que 3 milhões de jovens estejam aptos a votar pela primeira vez em julho.

O Conselho Nacional Eleitoral divulgou uma lista com 315 centros, onde os venezuelanos poderão se inscrever ou atualizar suas informações pessoais, mas pelo menos 21 desses centros mudaram de endereço, sem notificação prévia.

Alguns estados, como o de Amazonas e Delta Amacuro, têm um número muito pequeno de centros, o que obriga os venezuelanos a terem de se deslocar para conseguir atualizar seus dados. Em Delta Amacuro, há apenas dois lugares habilitados.

Muitos dos centros não têm computadores e estão em lugares onde não há luz, nem internet. Em alguns pontos, os funcionários dos centros precisam usar a internet dos seus celulares, mas reclamam da falta de sinal. Com isso, não conseguem atender as pessoas.

Especialistas acreditam que, para atender aos 3 milhões de jovens, seriam necessários entre 1,5 mil e 3 mil centros de inscrição.

 

Voto no estrangeiro

Mais preocupante ainda são os obstáculos para impedir o voto de venezuelanos no exterior.

Como a maior parte dos que deixaram o país é contra a ditadura, Maduro tem tentado impedir que eles exerçam o direito ao voto.

Na Argentina, a inscrição começou com quinze dias de atraso e vai durar apenas quinze dias. Além disso, os centros nesse país estão pedindo vários documentos, como a comprovação de residência permanente, algo que muitos não têm.

Tudo indica que o governo de Maduro sabe que esses votos de jovens e de cidadãos no exterior são contrários à ditadura, e por isso está colocando essas dificuldades. Se as pessoas não puderem se inscrever agora, também não conseguirão votar em julho“, diz o venezuelano Alí Daniels, codiretor da ONG Acesso à Justiça, em Caracas.

De acordo com um levantamento da Acesso à Justiça, vinte embaixadas e consulados no exterior não têm os equipamentos necessários para regularizar a situação dos venezuelanos no exterior.

Dos 7 milhões de venezuelanos que deixaram o país, apenas 107 mil hoje estão aptos a votar. Maduro quer que as coisas continuem assim.

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  1. Impressionante o quanto os nossos "pogrecistas companhêros" não enxergam e nem apoiam os nossos Irmãos Venezuelanos, Cubanos, Nicaraguense, Iranianos e mesmos os Palestinos usados como escudo humano pelo Hamas. Embora nutram uma simpatia de sabujo pelos seus tiranos. Humanidade seletiva. Ignorância como virtude.

  2. O sonho do Lula é implantar a ditadura no Brasil e se bobear, ele consegue… Com esse povinho sem cultura e que acredita em todas as mentiras que ele diz… Acreditam que ainda vão comer picanha…🤣🤣🤣🤣

    1. Não vai implantar Maria ... já implantou e não vê quem não quer

  3. Para o presidente Lula há na Venezuela excesso de democracia. Com mais de 7 milhões de pessoas fugidas do pais, nosso querido presidente ainda acha que está tudo bem por lá e que a próxima eleição será livre e transparente! Só ele mesmo...

  4. Aqui no Galinheiro Brazyllis o bando no poder com seus tentáculos omissos e submissos rendidos ou vendidos faz o mesmo massacrando os adversários a quem imputam seus hediondos crimes como manda a estratégia comuNAZISTA e ao alertar não tenho dúvidas ... se nada for feito isto acabará num cruel banho de sangue, juízo manés.

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