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A Colômbia no encalço dos terroristas das Farc

30.08.19 17:30

Recompensas, uso de inteligência e coordenação entre as diversas forças de segurança. Essas são as três principais armas a serem empregadas pelo governo da Colômbia para prender os dissidentes das Farc que retornaram à luta armada.

Na quinta-feira, 29, o presidente da Colômbia, Iván Duque (foto), ofereceu o equivalente a 3,5 milhões de reais para quem der informações que levem à captura desses dissidentes. “O uso de recompensas tem sido empregado desde os anos 1990 no país e tem sido muito efetivo porque a população, em geral, tem delatado esses criminosos”, diz o historiador e cientista político Sergio Guarín, diretor da Fundação Reconciliação Colômbia, em Bogotá.

Duque anunciou ainda a criação de uma unidade especial com elevada capacidade de inteligência e de mobilidade em todo o território colombiano para perseguir os narcoterroristas.

A coordenação entre policiais e integrantes das forças militares deverá ser outro diferencial. “Desde o Plano Colômbia, o país desenvolveu muito essa habilidade. Temos as forças mais bem preparadas para lidar com uma guerra assimétrica na América Latina”, diz Guarín.

Uma das possibilidades é o bombardeio de acampamentos das Farc. Tal recurso nunca foi suspenso na Colômbia. Nesta sexta-feira, 30, o Ministério da Defesa do país anunciou que nove integrantes de um grupo dissidentes das Farc morreram após um bombardeio na região rural de San Vicente del Caguán.

O que parece estar descartado é uma operação militar em outro país, como a que foi desferida no Equador contra Raúl Reyes, em 2008. O ministro da Defesa da Colômbia confirmou nesta sexta, 30, que o grupo que retornou à luta armada, liderado por Iván Márquez e Jesús Santrich, está na Venezuela. Mas qualquer operação além da fronteira soa improvável atualmente. “Uma ação como essa na Venezuela geraria uma reação internacional muito negativa”, diz Guarín. “O governo da Colômbia só faria uma ação como a de 2008 se Nicolás Maduro estivesse realmente caindo, o que ainda não é o caso.”

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  1. Comunistas são iguais aos adeptos do Alcorão. Quando celebram qualquer acordo só cumprem a parte que lhes interessa. O governo democrático da Colombia negociou de boa fé. Agora para acreditar que uma negociação de paz feita sob as bênçãos dos cubanos fosse feita com seriedade e para ser integralmente cumprida é preciso muita, mas muita boa fé mesmo.

    1. O exército colombiano tem hoje controle total sobre o território, após mais de 50 anos de combate contra a guerrilha. Essa grupo que está buscando se organizar na Venezuela, dificilmente terá qualquer chance de prosperar.

    1. Fogo se combate com fogo. E os esquerdalhas que tomem no roscóv!

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