Reprodução/redes sociais

Ajuda americana entra pelo Brasil, é roubada e distribuída por chavistas

06.05.19 12:09

Índios da comunidade pemon, que vivem entre a Venezuela e o Brasil, acusam oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) de terem roubado alimentos enviados pela Usaid, a agência humanitária do governo dos Estados Unidos, e de os terem distribuído como se fossem doações da ditadura de Nicolás Maduro.

Segundo Ricardo Delgado, indígena pemon que foi prefeito da cidade venezuelana de Gran Sabana, grupos de indígenas têm conseguido entrar na Venezuela com produtos fabricados no Brasil e armazenados pela Usaid. Como a passagem na estrada está fechada, a comida é carregada pelas “trochas”, as trilhas clandestinas que unem as comunidades pemones. Dessa maneira, cerca de duzentas toneladas de alimentos já foram levadas para dentro da Venezuela. Entre os produtos estão arroz, farinha de trigo, espaguete, açúcar, maionese e café.

Para distribuir a comida, os pemones organizaram um sistema com os caciques locais. No sábado, 4, um grupo estava entregando as cestas básicas para as famílias no povoado de Santo Domingo, em Turasen, quando uma patrulha da Guarda Nacional Bolivariana se aproximou e se apoderou dos alimentos.

Os soldados então foram distribuir a comida no bairro de La Bolivariana, como se fosse uma oferta da ditadura (foto). Nas redes sociais, a Guarda Nacional Bolivariana de Santa Elena de Uairén divulgou imagens da entrega de alimentos. “Cumprindo instruções das Forças Armadas em Guiana, foi realizada a jornada de entrega de alimentos da cesta básica para comunidades como parte da Grande Missão de Abastecimento Soberano, impulsionada pelo nosso presidente trabalhador Nicolás Maduro”, diz o texto.

A GNB é o braço das Forças Armadas da Venezuela que cuida da ordem interna e tem sido uma das principais ferramentas de repressão aos protestos por democracia.

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