Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Após YouTube tirar canal do ar, bolsonaristas querem enquadrar redes sociais

07.02.21 14:05

A decisão do YouTube de tirar do ar o canal Terça Livre, na última quinta-feira, 4, provocou revolta entre deputados ligados ao presidente Jair Bolsonaro. Os parlamentares, em sua maioria do PSL, buscam agora uma forma de enquadrar a plataforma de vídeos pela atitude que consideram “autoritária”. Os bolsonaristas também pretendem encontrar maneiras de coibir a moderação dos conteúdos publicados em redes sociais, como o Twitter.

Aliada de primeira hora do Palácio do Planalto, a deputada Carla Zambelli, cotada para assumir a Secretaria de Comunicação da Câmara, foi na última semana ao Ministério Público Federal para pedir a adoção de providências contra o YouTube em razão do que chama de censura ao canal do blogueiro Allan dos Santos.

Em outra frente, a deputada Caroline de Toni (foto), do PSL de Santa Catarina, protocolou projeto de lei na sexta-feira, 5, com o objetivo de responsabilizar as plataformas digitais por suas medidas de moderação de conteúdo.

O texto prevê que “o provedor de aplicações de internet que censurar ou banir opinião ou perfil de usuário, ou rotular o conteúdo de opinião de usuário, responderá pelos danos causados ao próprio usuário ou, solidariamente com este, a terceiros”.

Nesse caso, a deputada pretende atingir também o Twitter, que vem marcando postagens que publiquem conteúdo falso e removendo posts quando entende que há incitação ao ódio. O perfil do Ministério da Saúde foi um dos que tiveram um post rotulado como “enganoso”. A publicação fazia referência ao tratamento precoce para Covid-19, com a prescrição de remédios sem eficácia comprovada cientificamente.

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