Adriano Machado/Crusoé

Heleno: Apreensão do celular de Bolsonaro poderá ter ‘consequências imprevisíveis’

22.05.20 15:31

O ministro-chefe do Gabinete Institucional de Segurança da Presidência da República, general Augusto Heleno (foto), declarou em nota, nesta sexta-feira, 22, que eventual apreensão do celular de Jair Bolsonaro “poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

O pedido consta em notícias-crime apresentadas pelo PV, pelo PDT e pelo PSB no âmbito do processo que investiga a interferência do presidente na Polícia Federal. As legendas ainda requisitaram a apreensão dos aparelhos do vereador Carlos Bolsonaro, do ex-diretor da corporação Maurício Valeixo, do ex-ministro Sergio Moro e da deputada federal Carla Zambelli.

Em procedimento padrão, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, encaminhou os documentos à Procuradoria-Geral da República para avaliação. De acordo com Heleno, o pedido das siglas trata-se de “uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes”. O general classificou a requisição como “inconcebível e, até certo ponto, inacreditável”.

“Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade do Presidente da República e na segurança institucional do país”, diz o texto.

Confira a nota na íntegra:

“O pedido de apreensão do celular do Presidente da República é inconcebível e, até certo ponto, inacreditável.

Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade do Presidente da República e na segurança institucional do País.

O Gabinete da Segurança Institucional da Presidência da República alerta as autoridades constituídas que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional.”

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