Pedro Ladeira/Folhapress

Aras rebate relatório e nega ‘alinhamento sistemático’ com Bolsonaro

26.01.22 17:13

Augusto Aras (foto) rebateu nesta quarta-feira, 26, um estudo da Transparência Internacional e negou atuar em “alinhamento sistemático com o presidente Jair Bolsonaro. O procurador-geral da República afirmou que o relatório apresenta “ilações” e argumentou que trabalha com respeito à Constituição e às leis, sem provocar a “exploração midiática de casos em apuração“.

Contestado por Aras, o relatório “Retrospectiva Brasil 2021” mostrou que o Brasil caiu duas posições no Índice de Percepção de Corrupção, o IPC. O país agora está no 96º lugar, em um total de 180. No documento, a entidade falou em “graves interferências” de Bolsonaro na PGR e na Polícia Federal.

A CPI da Covid-19 documentou extensamente os indícios de corrupção e outros crimes atribuídos a agentes do estado, entre eles o próprio presidente da República. Apesar das gravíssimas consequências humanitárias desses crimes, há grande risco de não se alcançarem as devidas responsabilizações, graças à impunidade sistêmica de réus de colarinho branco no Brasil agravada pelo processo de captura do estado pelo atual governo“, pontua a ONG, em um trecho do estudo.

Em resposta, o procurador-geral da República declarou que “insistir em argumentos ultrapassados e que sabidamente não encontram lastro na realidade revela-se um desserviço à população e, no caso específico, pode esconder um desvirtuamento do trabalho de entidade que traz, no próprio nome, o que deveria ser um compromisso: a transparência“.

Aras ainda disse repudiar a tentativa da Transparência Internacional de atribuir a ele “um resultado que apresenta alto grau de subjetividade, visto que trata de percepção, e reitera o compromisso de respeito às leis e ao devido processo legal no exercício do mandato que é de natureza jurídica, e não de viés político“.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO