Foto: Larissa Leite via Flickr

Até Marta depende de Bolsa Atleta

18.04.23 14:11

Ela é seis vezes a melhor jogadora do mundo — o dobro de Ronaldo. Ela fez cerca de 280 gols na carreira — mais que Kaká. E apesar dos títulos que a tornam a indiscutível “Rainha do Futebol” reconhecida sem que seu nome ser dito, Marta (foto) precisou fazer o que nenhum jogador de futebol do sexo oposto precisou fazer: receber a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.

A atacante e indiscutível camisa 10 da Seleção feminina, que aos 37 anos se prepara para a sua sexta Copa do Mundo em junho, foi uma das selecionadas para receber o benefício destinado a fomentar o esporte de alto desempenho no Brasil.

Assim como a estrela, outras atletas da seleção foram contempladas, como Bia Zaneratto, Debinha e Érika Cristiano. Não é uma exceção: na última Copa do Mundo, realizada em 2019 na França, 17 das 23 atletas brasileiras precisavam da complementação de renda.

Não é uma surpresa, mas não há jogadores de futebol masculino entre os contemplados. Há duas semanas, no entanto, o governo indicou que vai levar o tema à sério. Um decreto criou a “Estratégia Nacional para o Futebol Feminino”. Até agosto, após a Copa do Mundo, a pasta deve fazer um diagnóstico sobre o tema e definir critérios para aumentar a permanência das atletas nos clubes, como tempo de contrato e incentivos à profissionalização.

A lista completa publicada pelo Ministério do Esporte atende 7.868 esportistas, sendo 358 atletas de ponta. Alguns nomes conhecidos estão lá, a skatista Rayssa Leal, medalhista de prata em Tóquio; a bicampeã olímpica Kahena Kunze, da vela; a medalhista de prata no boxe Beatriz Ferreira e Lucarelli, da seleção brasileira de vôlei.

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  1. É triste, mas é consequência do futebol feminino não atrair audiência, não captando investimentos. Não vai ser toda a promoção do mundo que vai mudar esse panorama, vai ser a evolução do esporte, que leva tempo. Futebol feminino ainda é de baixo nível, tem muito que melhorar.

  2. Se o esporte fosse um tema importante e prioritário nos governos do Brasil não seria necessário essa Bolsa. Com tantas bolsas para o Brasil carregar vai precisar de um carrinho de supermercado em pouco tempo.

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