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Biden alcança maioria e será o próximo presidente dos EUA

07.11.20 13:40

Segundo diversos veículos de imprensa dos Estados Unidos, o candidato democrata Joe Biden superou a maioria de 270 delegados para ser eleito o novo presidente dos EUA pelo Colégio Eleitoral.

Na apuração dos votos da Pensilvânia neste sábado, 7, Biden abriu vantagem para Donald Trump. Com 98% dos votos apurados, o democrata tem 49,6% e o republicano, 49,1%. Se a diferença final for maior que 0,5 ponto percentual, sequer haverá uma recontagem. Ao somar os 20 delegados da Pensilvânia, Biden alcança 273 delegados no Colégio Eleitoral, três além dos 270 necessários para obter a maioria.

Se forem levados em conta o número de delegados dos estados em que Biden aparece neste sábado na dianteira da apuração, como Arizona, Nevada e Geórgia, o democrata poderá alcançar 306 delegados — o mesmo número que Trump obteve em 2016.

O triunfo de Biden começou a se consolidar com a vitória nos estados-pêndulo de Wisconsin (10 delegados) e Michigan (16 delegados) na quarta, 4.

Michigan, Wisconsin e Pensilvânia integram o que se chama de “muralha azul”, em referência à cor do Partido Democrata. São estados industriais, que concentram muitos eleitores de classe média e brancos sem diploma universitário. Em 2008 e 2012, eles ajudaram a eleger Barack Obama. Em 2016, inclinaram-se para Donald Trump. Agora, retornaram para os democratas.

Ao tomar posse, em 20 de janeiro de 2021, aos 78 anos, Biden será o o 46º presidente da história dos EUA. Um governo de Biden trará diversas mudanças em áreas como meio ambiente, imigração e política externa. A relação com a China, com a Rússia e com a América Latina passará por transformações profundas.

O triunfo do democrata também terá impactos importantes para governantes que se espelhavam em Trump e confiavam que bastava copiar o seu modelo para seguir no poder. Para o governo de Jair Bolsonaro, o resultado pode indicar a fragilidade da estratégia política adotada (leia matéria aqui).

Em junho deste ano, já contando com uma possível mudança na Casa Branca, diplomatas brasileiros iniciaram um trabalho para estreitar laços com o Partido Democrata. As conversas preliminares cristalizaram a convicção de que os rumos da política externa de Bolsonaro precisam de algumas correções, principalmente na área ambiental e nos direitos humanos (leia matéria aqui).

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