Adriano Machado/Crusoé

Bolsonaristas no PL: PSC acusa presidente de quebra de acordo

19.03.22 14:13

Não é apenas o Republicanos que nutre mágoa por Jair Bolsonaro (foto) em razão da concentração de nomes da base aliada ao Planalto no PL, comandado pelo todo-poderoso Valdemar Costa Neto. Lideranças do PSC reclamam, nos bastidores, que o presidente da República colocou a sigla em posição de desprestígio nas negociações pela filiação de deputados federais.

O mal-estar ocorreu porque, em princípio, o partido havia fechado acordo para retirar do PL e incorporar a seus quadros o deputado Abílio Santana, além de filiar cinco parlamentares bolsonaristas da União Brasil: Bia Kicis, Bibo Nunes, Coronel Chrisóstomo, General Girão e Ubiratan Sanderson. Ao fim e ao cabo, no entanto, apenas Abílio ingressou no PSC — por pressão do presidente, os demais congressistas migraram para o partido de Valdemar.

Tínhamos acertado que seis deputados federais viriam para o PSC, na construção da possibilidade de estar com o presidente nas eleições. Mas eles (dirigentes do PL) vieram para cima. Quando os deputados já haviam fechado com o nosso partido, Bolsonaro bateu o pé e disse que não, que era para irem para o PL”, disse a Crusoé um dirigente do PSC, sob reserva. “Tanto nós quanto o Republicanos sofreu esse tipo de assédio”, emendou.

A filiação de nomes competitivos é uma das prioridades do PSC na janela partidária. Isso porque a sigla precisa melhorar o desempenho eleitoral para alcançar a cláusula de barreira, que garante acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda na TV e no rádio. 

Mais rígida, a regra para as eleições deste ano estabelece que os partidos precisarão ter pelo menos 2% dos votos válidos, distribuídos em um terço dos estados, ou conseguir eleger 11 deputados federais por pelo menos nove unidades da federação. Em 2018, o PSC conquistou somente oito assentos na Câmara.

Além disso, o número de congressistas eleitos em outubro vai determinar o volume de recursos que será disponibilizado à legenda por meio do fundo eleitoral nas próximas eleições. Em 2020, dois anos depois de eleger os oito deputados e um senador, o PSC teve acesso a 33,2 milhões de reais do “fundão” de 2 bilhões de reais.

Apesar da mágoa, o PSC, ao contrário do Republicanos, ainda pretende integrar a coligação de Bolsonaro em outubro. O partido deve bater o martelo sobre a posição nacional na segunda semana de abril. “A possibilidade de estar na chapa dele é muito grande. Estamos em tratativas desde o ano passado. Chegamos até a convidá-lo a se filiar ao partido, mas a opção dele foi outra”, explicou o mesmo dirigente.

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  1. A pessoa faz acordo com a mentira e a discórdia em pessoa e quer que ela seja honesta e verdadeira? Vai entender essa nossa classe política corrupta...

  2. Como construir uma grande nação com os partidos fisiológicos que existem, sobretudo preocupados com o dinheiro do Fundo Partidário? É claro que o Brasil vai continuar sendo um país por demais atrasado e subdesenvolvido. Nada mais que issso.

  3. Não estou aqui a defender o presidente, mas gente como essa, Adelio, beira-mar, Marcela, mais uma centena desse tipo, corruptos, como Lula, Zé cueca, Zé Dirceu, gedel, aquele do dinheiro na banda. Não temos que pagar imposto pra manter esses vermes presos. Tem ser como a China, indonésia e outros: um tiro na nuca. Não faz nenhuma falta.

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