Valter Campanato/Agência Brasil

Bolsonaro inicia ano eleitoral com reciclagem de polêmicas

15.01.22 16:04

O presidente Jair Bolsonaro (foto) iniciou o ano eleitoral repetindo polêmicas que mobilizaram sua claque em 2021, incluindo aquelas que lhe renderam  desgastes com o Supremo Tribunal Federal e o Congresso e o colocaram na mira de inquéritos.

O timing ajuda a explicar o fim da trégua com autoridades da Praça dos Três Poderes. O tom do presidente subiu na mesma semana em que más notícias do cenário econômico, como a inflação de dois dígitos e o aumento do preço dos combustíveis, tomaram as manchetes. Para aliados, é a conhecida cortina de fumaça do Planalto.

Bolsonaro reavivou, por exemplo, os ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Os embates haviam perdido força em setembro do ano passado, quando, em uma carta pública costurada por Michel Temer, o presidente disse que jamais teve a intenção de “agredir quaisquer dos poderes” e acrescentou que a harmonia entre os as instituições é uma determinação constitucional que “todos, sem exceção, devem respeitar“.

A bandeira branca não ficou hasteada por muito tempo. Nesta semana, Bolsonaro acusou Moraes e Barroso de cassarem “liberdades democráticas” e de trabalharem a favor da candidatura de Lula. Quem esses dois pensam que são? Que vão tomar medidas drásticas dessa forma, ameaçando, cassando liberdades democráticas nossas, a liberdade de expressão porque eles não querem assim, porque eles têm um candidato. Os dois, sabemos, são defensores do Lula, querem o Lula presidente“, disparou.

Dois dias depois, investigado pela disseminação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas, o presidente voltou a levantar suspeitas sobre a lisura das eleições de 2018. Em um pronunciamento direcionado à claque, disse mais uma vez que teria vencido a disputa pelo Planalto no primeiro turno se o pleito tivesse sido limpo. “Quis Deus que, sobrevivendo a uma facada de um integrante do PSOL, em um partido muito pequeno, sem marqueteiro, sem televisão, (eu) conseguisse ganhar as eleições. Que era para ter ganhado no primeiro turno se fossem eleições limpas“, disse.

Bolsonaro retomou até mesmo as ofensas pessoais a adversários políticos. Diante de apoiadores, chamou o governador do Maranhão, Flávio Dino, de “gordo”:  “Vocês repararam que, nos países comunistas, geralmente o chefe é gordo? O cara da Coreia do Norte, gordinho né? Venezuela, gordinho né? Maranhão?”. Dino retrucou, mandando Bolsonaro ir trabalhar. “1. “Piada”, além de sem graça, repetida. Compatível com a notória escassez de neurônios do indivíduo”, respondeu.

No PL, partido que Bolsonaro passou a integrar em novembro, parlamentares e dirigentes criticam o looping do presidente. Para eles, no ano eleitoral, Bolsonaro precisa centrar esforços nas respostas sobre a economia e eleger ataques pontuais — com argumentos — aos principais adversários políticos na disputa pelo Planalto: Lula e Sergio Moro.

A avaliação geral é que, ao contrário do que ocorreu em 2018, Bolsonaro não ganhará votos com as polêmicas, uma vez que o eleitorado mais radical já está fidelizado. “Agora, ele deveria focar na questão da economia. A economia é sempre o fator determinante para eleger ou reeleger. Temos consolidado de 20% a 25% (das intenções de voto). Tudo bem, vamos para o segundo turno. Mas, no segundo turno, você precisa de 50% mais um voto e, para atingir 50%, você depende única e exclusivamente da economia”, pontuou um deputado do PL.

O parlamentar usou a história recente para embasar o argumento. Lembrou, por exemplo, que Fernando Henrique Cardoso, antes neófito na política, conquistou projeção nacional ao desenvolver o Plano Real durante o governo Itamar Franco e, com isso, conseguir se eleger. O tucano, porém, terminou o segundo mandato com reprovação maior do que a aprovação em decorrência da crise mundial que provocou o aumento do desemprego e a estagnação econômica no Brasil. 

Por isso, ele não conseguiu transferir popularidade para o Serra. O Lula assumiu e nadou de braçadas enquanto a economia esteve em alta. Foi eleito, reeleito e emplacou Dilma. Não teve mensalão que afetasse. Por quê? Porque esses eleitores que decidem quem vai ganhar ou perder não são de direita ou de esquerda. Ele pensa nele e na família dele. Se a economia está boa, ele não quer mudar”, disse. “A Dilma caiu porque a economia caiu. Caiu porque ela quebrou o Brasil para se eleger.”

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. o Bolsonaro vai ficar cada vez mais insano, vai nadar, nadar, esbravejar e morrer na praia, lugar que ele adora ficar e dizer que está "trabalhando"

  2. A qualquer momento ele vira o disco pro lado de Barroso, sendo que recentemente rasgou elogios para as urnas eletronicas, quando em 07 de setembro de 21 foi uma guerra, quase dava um golpe nao fosse a negativa das forcas armadas. NEM PASSADO, NEM PRESENTE, MORO PRESIDENTE.

    1. JO EL, mais um personagem do Chico Anysio 'autista', .. putz!

  3. Vejamos se Bozo critica Gilmar Mendes, Tofolli, Fackin,Lewandovisk como ha tempos o fazia. Agora esta tudo dominado, so alegria. NEM PASSADO, NEM PRESENTE, MORO PRESIDENTE.

  4. Bozo não tem criatividade nem para criar novas polêmicas que são sua defesa contra a perda vertiginosa de votos para 2022. É um vagabundo físico e mental! #MORO2022!

  5. Capetão vai continuar a fazer o que sabe, ou seja, nada...vai pro fundo do brejo e dali direto pro cafofo do seu chefe mestre. Ou passará uma temporada na jaula especial reservada pra ele e sua troupe de mentecaptos.

  6. Tem razão José. Mas não se trata de otimismo e sim “margem de segurança” , que deverá variar com o grau de desmoralização e de trairagem que deverá ocorrer no bolsolavismo até outubro. Até lá, espero que alguém se destaque e encoraje os eleitores esclarecidos a encarar o Jararaca no 2º turno.

  7. Nem tanto, nem tão pouco. Se esquecer das demais demandas do povo, não sairá vitorioso. Se desprezar o discurso populista, vai para o brejo.

  8. 1- Depois de 3/4 de governo Bolsonaro e 14 anos de PT no poder, sabemos q Brasil teremos, caso tenhamos a continuidade do genocida, ou a volta do ex-presidiário. Só ficou do lado do Bolsonaro, os aproveitadores e aloprados. Estão se unindo ao Lula, os corruptos, o Clube dos Advogados pela Impunidades e os defendores de ditadura. Nós nos adaptamos ou morremos, qdo expostos a novas condições de vida. Então seremos vítimas de uma seleção artificial.

    1. 2- Os brasileiros sensatos q puderem, deixarão o país. Os demais perecerão no Brasil. Só vai sobrar a elite, seja ela de PELEGOS ou MILICIANOS, e a massa famélica e ignara. Moro 🇧🇷

  9. E esse marginal, estelionatário eleitoral, pilantra, desocupado e excepcionalmente burro e demente, fez outra coisa durante o seu desgoverno a não ser reciclar e cometer diariamente todas as suas imbecilidades?????

  10. Max, você está sendo muito otimista com o Bozo. Será que os idiotas correspondem a 10-15% dos eleitores brasileiros? Se você estiver certo, teremos que construir milhares de hospícios novos para abrigar estes doentes.

  11. Bolso 22 só fala verdade! Caramba! Faria uma placa em Brasília: o melhor presidente de todos os tempos. Parabéns bolso.22

    1. E o gado pira de alegria com a destruição da democracia brasileira.

  12. Fico indignado de pagar imposto para ver essa podridão de nossos poderes. Jair Bolsonaro já era para estar preso. Uma vida de crimes contra o Estado e o povo Brasileiro. Políticos que nos causam nojo.

    1. Bozisyascsao delinquentes. Bozo nunca gerou riqueza no Brasil. De fato gerou sim. Para os milicianos, grileiros e corruptos.

    2. Bolsonaro é sinônimo de vagabundagem, assim como Lula é sinônimo de corrupção.

    3. Duvido q pagas imposto! Brasileiro produtivo e bolso.22, agoras os vagabundos ! Sei não!

  13. Leio nos jornais que o bozo formou a equipe para reeleição. Lá vai alguns dos nomes: Flávio, Valdemar Ciro Nogueira, Catetvas. Tem ajuntamento de ladrões e bandidos maior? Nem o PT, ou talvez junte turma igual.

  14. Votei nesse maluco no segundo turno por falta de opção. Não voto em branco, nulo o que seja. No PT nunca. Tudo bem . Nesse idiota bozo, jamais; no infame PT, jamais. O que fazer? Vou explodir os dois.

Mais notícias
Assine agora
TOPO