Adriano Machado/Crusoé

Bolsonaro volta a justificar alta do dólar e da inflação: ‘Não é maldade nossa, é a realidade’

27.09.21 12:39

O presidente Jair Bolsonaro voltou a demonstrar desconforto por conta de críticas pelo preço alto dos combustíveis, da inflação e da escalada do dólar. Em cerimônia no Palácio do Planalto, o primeiro evento após o isolamento determinado pela Anvisa, Bolsonaro disse que não tem ingerência sobre a Petrobras.

“Não é maldade de nossa parte, é a realidade. E tem um ditado que diz, ‘nada está tão ruim que não possa piorar’”, disse o presidente. “Alguns acham que tenho poder de decidir as coisas dentro da Petrobras. Nos Estados Unidos, ninguém culpa o governo pelo que acontece com o combustível”, acrescentou.

Bolsonaro falou sobre a campanha de 2022 e afirmou que ainda não bateu o martelo sobre a disputa da reeleição. “Estamos acompanhando os debates antecipados para 2022. Aqui mesmo tem dezenas de pessoas melhores do que eu. Se for o olhar o Brasil, tem milhares de pessoas melhores do que eu”, disse. “Quis o destino que a Presidência ficasse comigo, devemos aproveitar a oportunidade que Deus nos deu”.

Durante a solenidade, Bolsonaro criticou novamente a vacinação obrigatória – o passaporte sanitário, adotado em cidades como o Rio de Janeiro, virou o novo alvo dos aliados do presidente. “A vacina não pode ser obrigatória”, disse Bolsonaro. Ele citou os casos recentes de infecções dos ministros Bruno Bianco, da Advocacia-Geral da União, e Tereza Cristina, da Agricultura, além do deputado Eduardo Bolsonaro. Todos foram infectados depois de serem imunizados. Os especialistas afirmam que a vacinação não impede 100% dos casos, mas previne a maioria das mortes e internações.

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