Reprodução/LCI

China recua e diz respeitar soberania de ex-membros da URSS

24.04.23 13:48

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou nesta segunda-feira, 24, que Pequim respeita o status dos ex-membros da União Soviética como nações soberanas.

A declaração foi dada após o embaixador da China em Paris, Lu Shaye (foto), dizer, em entrevista a uma emissora de TV francesa na sexta, 21, que os países que pertenciam à antiga URSS “não têm status real no direito internacional porque não há acordo internacional para materializar seu status soberano.”

Lu acrescentou que a Crimeia pertencia ao território russo e foi oferecida à Ucrânia por Nikita Khrushchev, ex-líder soviético.

A posição do embaixador provocou uma reação em cadeia dos países europeus, por assentir com a invasão da Ucrânia, que para o presidente russo Vladimir Putin não deve existir como país independente. A frase de Lu também gerou insegurança para vários países europeus, que temem ser invadidos pela Rússia, como a Finlândia e os países bálticos.

Falando antes de uma reunião em Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores tcheco, Jan Lipavsky, disse que os comentários de Lu eram “totalmente inaceitáveis”.

Segundo o ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, os três países bálticos convocariam representantes chineses para pedir esclarecimentos sobre a declaração.

O ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn, disse que os comentários de Lu foram um “erro”.

A França expressou, ainda no domingo, sua “total solidariedade” a todos os países aliados afetados, dizendo que eles adquiriram sua independência “após décadas de opressão.”

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Este discurso do embaixador chinês na França está de acordo com o que pensa Xi Jinping, pois a China pretende invadir Taiwan, um país democrático e próspero, num ato semelhante ao que o ditador Putin fez com a Ucrânia. Sempre comento que a China deveria ser varrida do mapa das negociações com países democráticos até se tornar uma democracia.O mundo democrático deveria retirar todas as suas empresas da China, pois além de usarem a mão de obra escrava chinesa, os chineses copiam a tecnologia.

Mais notícias
Assine agora
TOPO