Adriano Machado/Crusoé

Coaf diz que não pode comentar caso Toffoli

27.07.18 14:48

O Coaf, órgão de inteligência do Ministério da Fazenda, diz que não pode comentar o caso Toffoli, revelado por Crusoé nesta sexta-feira. O ministro Dias Toffoli, que assume a presidência do Supremo Tribunal Federal em setembro, recebe mesada de 100 mil reais da esposa, sócia de um escritório de advocacia. O dinheiro é transferido para um banco cujos técnicos consideraram as transações suspeitas em 2015, mas a diretoria da instituição vetou comunicar aos órgãos competentes, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

“O Coaf não se manifesta sobre casos concretos. As regras sobre o dever de comunicação das instituições financeiras é de responsabilidade do Banco Central, previsto na circular BC 3461/09. Cabe ao BC supervisionar instituições financeiras”, declarou o órgão, em nota.

A regra manda que movimentações financeiras suspeitas sejam relatadas ao Coaf, que pode encaminhar o caso para a polícia ou o Ministério Público. Segundo o Banco Central, devem ser consideradas atípicas transações habituais de valores sem justificativa clara e, também, incompatíveis com a renda do cliente. Ainda, Toffoli é “pessoa exposta politicamente”, o que deveria alertar os bancos quando há esse tipo de pagamento.

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