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Como fica a Esplanada após a saída de nove ministros de Bolsonaro

31.03.22 11:27

O presidente Jair Bolsonaro exonerou nesta quinta-feira, 31, nove dos 23 ministros do governo. Eles vão disputar as eleições em outubro e, para seguir a legislação eleitoral, tiveram que se desincompatibilizar dos cargos. Jair Bolsonaro participou de uma concorrida cerimônia de troca de ministros no Palácio do Planalto nesta quinta.

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, não apareceu na lista dos exonerados — ele é cotado para ser o candidato a vice na chapa de Bolsonaro. A expectativa é que a saída seja formalizada à tarde, em uma cerimônia com a presença dos comandantes das três forças. Os assessores que deixaram o primeiro escalão fizeram discursos para apresentar realizações e defender a gestão de Bolsonaro.

Gilson Machado deixou o cargo de ministro do Turismo para ser o candidato de Jair Bolsonaro ao Senado em Pernambuco. Quem assume é Carlos Brito, presidente da Embratur. Como costuma fazer em seus discursos, Machado fez uma série de elogios ao chefe. “É um presidente que não quer mais ser dominado pela corrupção. Bolsonaro veio para Brasília não para andar de camburão, mas para trabalhar por todos nós”, disse.

No Ministério da Agricultura, Tereza Cristina, pré-candidata ao Senado por Mato Grosso do Sul, será substituída por Marcos Montes, secretário executivo da pasta. Ela se filiou ao Progressistas, um dos principais partidos da base aliada do governo.

Na pasta do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, exonerado para disputar o governo do Rio Grande do Sul, terá como sucessor José Carlos Oliveira, que era presidente do INSS. Ele se emocionou ao discursar na cerimônia de transferência de cargo. “Os colegas estão saindo do governo, mas não estão saindo do projeto de transformar o país”, disse Lorenzoni.

O Ministério do Desenvolvimento Regional terá como chefe Daniel de Oliveira Duarte Ferreira, que era secretário executivo da pasta. Rogério Marinho, recém-filiado ao PL, saiu do governo para ser candidato a senador pelo Rio Grande do Norte.

Principal aposta do Jair Bolsonaro em São Paulo, Tarcísio de Freitas deixa o Ministério da Infraestrutura para disputar o governo do estado. Marcelo Sampaio, que era secretário executivo da pasta, vai assumir o comando – ele é genro do general Luiz Eduardo Ramos, secretário-geral da Presidência da República.

Na Secretaria de Governo, sai Flávia Arruda, pré-candidata a senadora pelo Distrito Federal, e entra Célio Faria, chefe de gabinete do presidente Jair Bolsonaro. Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, se filiou ao Republicanos, mas seu futuro político ainda é uma incógnita – ela deve disputar o Senado pelo Amapá. Cristiane Brito, secretária Nacional de Políticas para as Mulheres, será a titular do ministério.

No Ministério da Cidadania, sai João Roma, que sonha com o governo da Bahia, e entra Ronaldo Bento, chefe da assessoria de Assuntos Estratégicos da pasta. Marcos Pontes, pré-candidato a deputado federal por São Paulo pelo PL, deixou o Ministério da Ciência e Tecnologia e abriu espaço para Paulo Alvim, secretário de Empreendedorismo e Inovação. Nesta quinta, Pontes agradeceu Bolsonaro pela oportunidade. “Obrigado pelo apoio e confiança. Eu estava lá trabalhando na Nasa, nunca ninguém tinha lembrado de mim. Em março de 2018, ele disse que eu seria ministro e, desde lá, a gente tem trabalhado junto“.

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  1. Todos querendo uma boquinha...gostaram do emprego bem remunerado sem precisar trabalhar, com acessores ,carros, viagens...e o povo pagando...eita Brasilzinho

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