Contratos com ONG de Daniel Alves persistem – mesmo com ele preso
Uma novidade nas Olimpíadas 2020 em Tóquio, o Basquete 3×3 parece mais com uma pelada de rua do seu irmão tradicional: com uma única tabela e cesta, em meia quadra, dois trios se enfrentam por 10 minutos. Não parece, mas Daniel Alves —o vitorioso lateral-esquerdo de 39 anos que está preso por estupro na Espanha desde o início do ano— tem a ver com isso.
Isso porque o Instituto DNA, presidido por ele, tem projetos da modalidade aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte, que permite a captação de verba de empresas, que abatem o valor dos seus impostos. Atualmente, o DNA tem cinco contratos do tipo, totalizando 15,8 milhões de reais numa espécie de “Rouanet esportiva”.
O instituto, que domina verbas para o esporte, foi assumido pelo jogador apenas em 2022 — antes, era chamado de “Instituto Liderança”. Ele também construiu uma sede em Salvador, seu estado-natal (ele é natural de Juazeiro, no entanto), que recebe eventos de Basquetebol 3×3.
Daniel Alves conseguiu a liberação de contratos em um momento que o ex-presidente Jair Bolsonaro — de quem é um fã declarado— era o presidente. Três contratos podem captar cerca de 10 milhões de reais em captação até o final desse ano. Outros três, destinados a construção de uma arena de basquete 3×3 e organização de eventos do esporte, tem até o final de 2024 para garantir a verba.
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O cara é como um apicultor que aprecia sangrenta rinha de galo. É difícil entender um tal paradoxo, uma tal incongruência.