Adriano Machado/Crusoé

CPI aprova novas quebras de sigilo de Barros, Max e Wassef

19.08.21 11:12

A CPI da Covid aprovou na manhã desta quinta-feira, 19, novas quebras de sigilo fiscal de nomes como o do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (foto), do dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, e de Frederick Wassef, advogado do clã Bolsonaro.

A transferência de sigilo ainda alcança dezenas de empresas, a exemplo da Precisa Medicamentos e de uma das companhias que integram seu quadro societário — a Global Saúde, que, durante a gestão de Ricardo Barros à frente do Ministério da Saúde, recebeu 20 milhões de reais do governo federal, mas não entregou fármacos previstos em contrato.

As medidas cautelares foram propostas pelo relator da comissão, Renan Calheiros, que apontou que depoimentos e documentos recebidos pela CPI ligam os investigados por “comportamentos, transferências monetárias e ligações societárias, além de indicarem registros de repasses de recursos ou relacionamentos comerciais com a Precisa como origem ou destino.

E é exatamente nessa esteira que, visando complementar e esclarecer as informações já levantadas anteriormente, faz-se imperiosa a aprovação do presente requerimento”. escreveu.

Os requerimentos preveem que a Receita Federal entregue à CPI, no prazo de dois dias, a relação de empresas das quais os alvos participaram por meio de administração, gerência, sociedade, cotas ou qualquer outra modalidade desde 2016 — englobam, inclusive, eventuais sociedades anônimas.

Na lista de informações que deverão ser prestadas, estão a quantidade de empregados; o faturamento e o total de notas fiscais emitidas, mês a mês; os dez maiores clientes e fornecedores, com nomes, CNPJ e sócios; e dados relacionados a indícios de crimes, fraudes, irregularidades ou comportamentos e movimentações atípicas.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. A população espera que o STF não conceda uma liminar contra a quebra do sigilo fiscal desse deputado que enfrentou a CPI com arrogância como se não tivesse nada a ver com a frustrada tentativa de compra da vacina Covaxin, como tem sinalizado as investigações da CPI. Em primeiro lugar está o interesse e a moralidade públicas da nação, além do dever de transparência da atividade de quem exerce cargo político remunerado pelo poder público.

Mais notícias
Assine agora
TOPO