Agência Brasil

Denúncia por informação privilegiada

07.05.19 10:30

O Ministério Público Federal de São Paulo denunciou nesta terça-feira, 7, o empresário Wesley Batista (foto), do grupo J&F, pelo uso de informações privilegiadas no mercado financeiro.

Wesley é acusado de comandar operações de câmbio em maio de 2017 apostando na alta do dólar, quando ainda estava em sigilo o acordo de delação premiada feito por ele, o irmão Joesley e executivos do grupo. Ele teria lucrado quase 70 milhões de reais.

Alem de perícias da Comissão de Valores Mobiliários e da própria Procuradoria-Geral da República apontando a realização de operações que seriam de alto risco para quem não soubesse da delação, a denúncia inclui mensagens de texto entre Wesley e funcionários para demonstrar que o empresário ordenou as transações. Elas teriam beneficiado duas empresas do grupo J&F, a Eldorado Celulose e a Seara Alimentos.

Se for condenado, Wesley pode ter uma pena de um a cinco anos de reclusão, além de pagar uma multa que pode chegar a três vezes o valor do lucro obtido com as transações.

É a segunda denúncia contra o empresário por uso de informação privilegiada. A primeira, feita também contra Joesley, levou à prisão preventiva dos irmãos em setembro de 2017.

Eles foram acusados de terem comprado dólares no mercado futuro horas antes da divulgação da delação premiada, e de terem vendido ações da JBS, outra empresa do grupo, enquanto negociavam a colaboração, ainda em abril de 2017. Em fevereiro de 2018, tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, por decisão do Superior Tribunal de Justiça.

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