Marcos Oliveira/Agência Senado

Em reação à CPI do MEC, Planalto quer comissão de inquérito contra os governos do PT

12.04.22 19:57

Senadores governistas conseguiram reunir 28 assinaturas para abrir a CPI das Obras Paradas. O objetivo oficial da comissão parlamentar de inquérito é investigar obras públicas que começaram durante os governos do PT e do ex-presidente Michel Temer, mas que nunca foram concluídas.

A tentativa de investigação é, na verdade, uma ofensiva da base do governo para barrar a CPI do MEC. Se os governistas conseguirem instalar a CPI das Obras Paradas antes da comissão para investigar denúncias de irregularidades no Ministério da Educação, o requerimento apresentado pela oposição ficará engavetado.

A iniciativa é liderada pelo senador Carlos Portinho (foto), líder do PL no Senado. “O governo Bolsonaro tem pautado sua gestão na transparência e na eficiência, buscando concluir inúmeras obras iniciadas nos outros governos, mas que deixaram de ser concluídas”, afirma o parlamentar governista no requerimento apresentado na semana passada. Nesta terça-feira, 12, a base do Planalto conseguiu alcançar o mínimo de assinaturas para instalação da CPI.

Para Portinho, é preciso “investigar as razões para o abandono dessas obras para evitar o desperdício de mais recursos públicos, além de apurar as devidas responsabilidades”. Os parlamentares bolsonaristas defendem ainda a investigação de “possíveis irregularidades, ações e omissões de agentes e ex-agentes públicos referente ao Programa de Financiamento Estudantil, o Fies”.

A CPI do MEC proposta pelo senador Randolfe Rodrigues, da Rede, chegou a reunir 27 assinaturas, mas três senadores retiraram seus nomes da lista nos últimos dias, depois da pressão do Planalto. Nesta terça-feira, o senador José Serra, do PSDB, decidiu assinar o requerimento. Mas ainda faltam dois apoiadores para que a investigação contra denúncias no MEC saia do papel.

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