Adriano Machado/Crusoé

Em reação ao STF, Bolsonaro cogita renomear Ramagem e não deixar Weintraub prestar depoimento

27.05.20 17:20

O presidente Jair Bolsonaro discute com seus ministros, durante a reunião ministerial extraordinária na tarde desta quarta-feira, 27, uma “forte reação” ao Supremo Tribunal Federal por parte do Poder Executivo.

Entre as medidas discutidas, está a de o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não prestar o depoimento à Polícia Federal para explicar sua declaração, na reunião ministerial de 22 de abril, defendendo a prisão de ministros do STF.

O depoimento foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, que viu indícios de seis possíveis crimes cometidos pelo titular do MEC. O magistrado deu cinco dias para Weintraub prestar depoimento.

Outra reação em discussão é renomear o delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. A posse do delegado no cargo foi barrada no fim de abril por decisão de Moraes.

O presidente também avalia com ministros combater judicialmente o “inquérito do fim do mundo”, aberto por Moraes para apurar supostas ameaças a ministros do STF, mesmo que seja preciso recorrer a cortes internacionais.

Foi com base nessa investigação que o ministro mandou a PF cumprir na manhã desta quarta-feira 29 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a apoiadores de Bolsonaro.

Segundo assessores, antes da reunião ministerial ampliada, Bolsonaro discutiu essas medidas com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, em encontro no final da manhã no Planalto.

Mais cedo, Crusoé noticiou que Bolsonaro avalia processar o ministro Celso de Mello, decano do Supremo, por abuso de autoridade. A tese tem sido defendida principalmente por integrantes da ala ideológica do governo.

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