Foto: FCP/Reprodução

Fundação Palmares vai rever regras para escolher personalidades negras

06.04.23 08:26

A Fundação Cultural Palmares começou a rever as regras para a escolha de seus homenageados. Uma portaria assinada pelo novo presidente da FCP, João Jorge Rodrigues (foto), deve reverter o formato adotado por Sergio Camargo, quando este presidiu a Fundação nos anos de Jair Bolsonaro.

Um grupo de trabalho terá até seis meses para apresentar um novo sistema. O grupo envolverá quatro setores da Palmares, que é subordinada ao Ministério da Cultura.

No modelo antigo, a decisão sobre quem entrava ou saía da lista estava centrada em Camargo e em sua diretoria. Ele era um dos poucos negros dentro da administração bolsonarista — e um dos mais vocais em relação ao seu alinhamento com o presidente.

A regra de dar apenas homenagens póstumas e de acordo com princípios defendidos pelo Estado brasileiro foi derrubada — foi isso que alimentou a guerra cultural de Camargo. Em seus anos no comando, a Palmares retirou a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) da lista de homenageadas. Camargo também pediu o boicote ao filme Medida Provisória de Lázaro Ramos, sugerindo que “negros de esquerda” voltassem para a África. Conceição Evaristo foi outra na linha de tiro.

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  1. Tive um professor socialista um homem afável e culto mas irreverente que ensinava que homenagem é a forma mais simples de limpar a ficha de canalhas ... tinha muita razão.

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