Alan Santos/PR

Governo aprova cota de 187,5 milhões de litros para importação de etanol dos EUA

11.09.20 21:19

A Câmara de Comércio Exterior aprovou nesta sexta-feira, 11, uma nova cota de importação de 187,5 milhões de litros de etanol livre de impostos dos Estados Unidos. A medida tem validade de 90 dias a partir da publicação no Diário Oficial da União.

Durante esse período, haverá novas rodadas de debates sobre o etanol, além de uma negociação sobre a exportação sem taxas do açúcar do Brasil para o país norte-americano. Em nota, o Itamaraty afirmou que o diálogo dos próximos três meses buscará “resultados recíprocos e proporcionais que gerem comércio e abram mercados para o benefício” de ambas as nações.

“O Brasil e os Estados Unidos concordaram em proceder dessa maneira no espírito de parceria econômica criada sob a liderança dos Presidentes Bolsonaro e Trump, reconhecendo a necessidade de continuar a tratar construtivamente dos efeitos das crises geradas pela pandemia da Covid-19 em seu comércio bilateral e na sua produção doméstica”, complementa o texto.

Como mostrou Crusoé, a posição do Brasil foi adiantada ao setor açucareiro. No último dia 31 de agosto, o governo não renovou a cota anual anterior à qual os produtores americanos tinham direito, intensificando as pressões de Washington por uma solução para atender ao chamado “cinturão do milho”, importante filão eleitoral no meio-oeste americano na corrida presidencial de Donald Trump. A importação de etanol de países de fora do Mercosul tem uma tarifa de 20%, o que provoca protestos entre fazendeiros norte-americanos.

Até então, a posição do governo era a de não negociar uma nova benesse aos produtores americanos enquanto não fosse ampliado o mercado para as exportações brasileiras de açúcar para o país. No entanto, com o vencimento da cota anual — que isentava de tarifas até 750 milhões de litros de álcool importado — o governo passou a estudar a extensão provisória do benefício.  

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  1. O Brasil baixa as calças no aguardo da reciprocidade que nunca vem, desde dos tempos de Getúlio Vargas. O americano negocia, toma lá dá cá, e, o Brasil não aprende... Depois reclama que só toma na cabeça...

  2. Como sempre, o Bozo de quatro para o Trump. É a posição preferida do dono dos bozistas e dos bozistas. Creio que assim eles zurram melhor!

  3. O Brasil fazendo graça para a campanha eleitoral de Trump e a gente pagando a conta. Necessário exigir a contrapartida para o nosso açúcar, senão vai ficar parecendo com Lula dando refinaria para Bolívia. Ou Dilma...

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