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Legislativas na França, 1º turno: Macron encolhe, mas bate a esquerda

12.06.22 16:01

No primeiro turno das eleições legislativas da França, que teve uma abstenção recorde de mais de 50%, a coalizão que apoia o presidente Emmanuel Macron (foto) obteve pouco mais de 25% dos votos, segundo as primeiras estimativas, o que deve lhe dar entre 255 e 295 cadeiras na Assembleia Nacional (a maioria absoluta é de 289). Em 2017, ele conseguiu obter 355 cadeiras. Ou seja, Emmanuel Macron encolheu bastante.

Embora o atual presidente possa a vir a perder ainda mais cadeiras no segundo turno, a ser realizado no próximo domingo, 19, parece improvável que o ultraesquerdista Jean-Luc Mélenchon consiga obter um número de votos que lhe permita tirar a maioria absoluta de Emmanuel Macron — que, para alcançá-la, poderá ter de se compor com outros partidos do seu campo ideológico, como o do ex-presidente Nicolas Sarkozy — e se tornar o primeiro-ministro da França. A coalizão de esquerda amealhou , ao que tudo indica, percentual de votos semelhante ao do atual presidente, mas com alta concentração de votos em menos circunscriçōes, o que significa fazer menos deputados.

No primeiro turno, as projeções mostram que a frente que Jean-Luc Mélenchon lidera, composta também por ecologistas e socialistas, deverá obter de 150 a 190 cadeiras, para ser a oposição mais forte a Emmanuel Macron. No seu discurso depois que as urnas foram fechadas, Jean-Luc Mélenchon exortou os franceses que não votaram no primeiro turno a fazê-lo no segundo, para tentar derrotar o partido do atual presidente. Explica-se: a maior parte dos que se abstiveram é composta por jovens, eleitorado majoritariamente de esquerda.

O partido de Marine Le Pen, da extrema-direita, candidata que ficou em segundo lugar na eleição presidencial, poderá fazer entre 20 e 45 cadeiras na Assembleia Nacional, um recorde que lhe dá pela primeira vez um grupo forte no Legislativo francês.

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  1. Aqui no Brasil temos dois extremistas populistas nas primeiras posicões das pesquisas. A diferenca é que a Franca eles não tem muitos problemas com analfabetos funcionais.

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