Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados

Líder da bancada evangélica cobra explicações de Milton Ribeiro, mas evita pressionar por demissão

23.03.22 18:11

O líder da bancada evangélica, Sóstenes Cavalcante (foto), do PL do Rio, afirmou nesta quarta-feira, 23, que Milton Ribeiro ainda deve explicações sobre a influência de pastores na distribuição de verbas do Ministério da Educação. O deputado disse, no entanto, que não cabe à frente parlamentar pressionar o presidente Jair Bolsonaro pela demissão do ministro.

Não fomos nós que indicamos, logo, não somos nós que pedimos para tirar (o ministro). Não temos autonomia para isso“, pontuou, após reunião com deputados da bancada. O parlamentar contou ter conversado com o ministro por telefone pela manhã e se encontrado com ele rapidamente durante o almoço.

Sóstenes se manifestou, em nome da bancada, um dia após o jornal Folha de S.Paulo divulgar áudios em que Ribeiro admite a liberação de recursos públicos da pasta a prefeituras indicadas por pastores, a pedido de Jair Bolsonaro.

Na Câmara, Sóstenes declarou que o ministro tem direito à ampla defesa e presunção de inocência, embora reconheça que as gravações são “sérias“. Ele acrescentou que “a ampla maioria” da banca evangélica tem “fé na idoneidade” do trabalho dele.

O congressista evitou verbalizar se entende que o caso pode ser enquadrado como tráfico de influência. “Não estou aqui na função de achar ou desachar. Quero que seja apurado e que, se for tráfico de influência, ou qualquer outra prática ilícita, sejam punidos os culpados”.

O deputado afirmou não ver como um “problema” que ministros de Estado recebam pastores em seus gabinetes, “dez, 20, 40 ou 50 vezes“. “Até porque, em governos anteriores, eram recebidos presidentes de sindicatos, comunistas“, comentou. Avaliou, porém, que Ribeiro precisa justificar a interlocução feita pelos pastores entre governo e prefeitos.

Sóstenes incentivou Ribeiro a se manifestar em entrevista, coletiva de imprensa ou live nas redes sociais. “Entendemos que todos os assuntos requerem total diligência do ministro. (Esperamos) que ele possa acionar órgãos de controle como a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal. E, se ele encontrar qualquer indício das pessoas envolvidas, em especial a Polícia Federal deve ser acionada”, comentou.

O líder da bancada evangélica emendou que “não são um, dois ou três pastores que vão manchar a imagem e os brilhantes serviços de centenas de pastores”. “Não podemos julgar todos por possíveis atos isolados de um, dois ou três.

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  1. Infelizmente essa é a turma do 666 na testa que vai varrer a hombridade, a moral e a decência do Brasil. As bestas estão à solta.

  2. Mais 1 facção remunerada p/ NÓS a serviço do crime: ☠ a "bancada maquiavélica" ☠ !!! Q canalhada nas 3 funções do Estado!!! É iiinacreditável 1 tal nível de degradação generalizada num país q se apresenta como tendo instituições funcionais!!! Além de estar nas patas da marginalidade institucional, o país está entregue há 2 décadas a 1 nível de violência e marginalidade jamais visto!!! Os atuais altíssimos índices de criminalidade desse desgoverno tornaram a nação refém sequestrada pelo crime!!!!

  3. O mundo político tá cheio de hipócratas, todos são santos, ninguém faz lobyy, não existe fisiologismo, todos defendem o bem público. Me engana que eu gosto......

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