Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Milton Ribeiro acerta licença da Educação com Bolsonaro, dizem aliados

28.03.22 13:34

Integrantes da base do presidente Jair Bolsonaro afirmam que o ministro da Educação, Milton Ribeiro (foto), pedirá licença do cargo na esteira do escândalo da liberação de verbas para pastores aliados. Segundo esses mesmos interlocutores, a ideia é que Ribeiro fique afastado do MEC até a conclusão das investigações pela Polícia Federal.

“Essa alternativa é melhor para todos e ocorreu após muita articulação da base congressista neste final de semana. Se a PF avaliar que Milton Ribeiro é inocente, ele voltará ao comando do Ministério da Educação, cerca de dois meses antes das eleições de outubro”, disse um aliado do presidente a Crusoé.

O ministro está reunido com Bolsonaro no Palácio do Planalto na tarde desta segunda-feira, 28, e a expectativa é a de que ele comunique seu afastamento logo mais. O cotado para assumir a pasta é Victor Godoy, atual secretário-executivo do MEC.

A licença teria sido acertada entre Bolsonaro e Ribeiro na noite de domingo, 27. A decisão de deixar temporariamente o cargo teria partido do próprio integrante do primeiro escalão, que teria atribuído o gesto ao agravamento da crise e à pressão que sua família vem sofrendo em razão da repercussão do caso.

A solução alternativa à demissão, a qual Bolsonaro resistia, passou a ser defendida nos últimos dias por lideranças evangélicas ligadas ao Planalto, como os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Marcos Feliciano, e até o ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça.

Como mostrou Crusoé em sua mais recente edição, além de dinheiro, os pastores pediram ouro e até ofereceram um negócio envolvendo exemplares da Bíblia para agilizar repasses na pasta da Educação, onde tinham trânsito livre.

O pedido inusitado de propina foi revelado pelo prefeito Gilberto Braga, de Luís Domingues, uma cidade de 7 mil habitantes encravada no norte do Maranhão, perto da divisa com o Pará. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na última terça, 22, ele disse que o pastor Arilton Moura pediu 15 mil reais para dar entrada em um pedido da prefeitura no MEC e, depois, um quilo de ouro mediante a liberação dos recursos pela pasta – a verba seria de 10 milhões de reais.

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  1. Esse sujeito é muito cínico, a cara desse terrível evangélico é uma praga. Está sujando a irmandade evangélica deste país. Já está fora do ministério, e sabe disso esse idiota.

  2. Bolsonaro acabou com a...LAVAJATO. A corrupcao permanece de vento em polpa. Prisao em 2a instancia, Lavajato, Lavatoga, voto distrital, candidaturas independentes e muito oleo de peroba pra pssar na cara desses caras de pau todos. Quero meu Brasil de volta pra colocar crruptos na cadeia, sem que o BEICOLA possa solta-los.

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