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MIT questiona eficiência de interferon cubano contra coronavírus

29.04.20 14:41

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade Harvard concluiu que a droga interferon (foto), que está sendo propagandeada pela ditadura cubana como tratamento para a Covid-19, pode ter um efeito indesejável no paciente com coronavírus.

De acordo com a pesquisa, a droga teria um efeito duplo. De um lado, pode estimular os genes que combatem infecções e ajudar as células a sobreviverem a danos causados pelo vírus. De outro, pode fornecer alvos extras que ajudam o vírus a infectar mais células.

“O coronavírus e outros vírus podem, na verdade, atacar genes que são estimulados pelo interferon como uma maneira de entrar nas células do corpo humano”, disse Jose Ordovas-Montanes, para o jornal MIT News.

O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, é um dos principais propagandistas do interferon. Segundo ele, a droga já curou 1.500 pacientes na China. “Interferon alfa 2B: o medicamento cubano usado na China contra o coronavírus. Nosso apoio ao governo e povo chinês em seus esforços por combater o coronavírus”, escreveu Canel no Twitter. No Brasil, quem torce pelo remédio cubano é Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e pré-candidato à prefeitura de São Paulo.

A droga está sendo produzida em Cuba e em um laboratório na província de Jilin, na China. “A planta sino-cubana Chang-Heber na província de Jilin produz desde o primeiro dia do ano novo lugar o interferon alfa, com o uso de tecnologia cubana. A Comissão de Saúde da China selecionou nosso produto entre os utilizados na luta contra o coronavírus”, afirmou o governo de Cuba no Twitter.

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