Adriano Machado/Crusoé

Moraes manda PF retomar investigação sobre interferência de Bolsonaro

30.07.21 17:41

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira, 30, que a Polícia Federal retome a investigação sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na instituição.

O inquérito está suspenso desde setembro de 2020. À época, durante licença médica de Celso de Mello, Marco Aurélio Mello ordenou a paralisação da apuração até que o plenário da corte avaliasse um recurso em que a Advocacia-Geral da União pede que seja assegurado a Bolsonaro o direito de depor por escrito.

O órgão contesta a decisão em que Celso de Mello estabeleceu que o presidente da República deve prestar esclarecimentos de forma presencial, sob o entendimento de que, na condição de investigado, ele não pode escolher o modelo do depoimento.

O plenário chegou a iniciar a análise do recurso em outubro, na despedida de Celso de Mello do Supremo. Na ocasião, o ministro reiterou a posição anterior, levando o placar a 1 a 0 pela obrigatoriedade de Bolsonaro atender à oitiva. O presidente do STF, Luiz Fux, no entanto, suspendeu o julgamento e a questão está pendente desde então. A retomada da deliberação está agendada para 29 de setembro.

Um ano depois, Moraes, sorteado relator do inquérito após a aposentadoria Celso de Mello, entendeu que a PF não precisa mais esperar a conclusão do plenário para dar andamento à apuração. “Determino a imediata retomada da regular tramitação deste inquérito, independentemente do julgamento do agravo regimental interposto pelo Presidente da República Jair Bolsonaro, que está previsto para data breve, 29/9/2021“, despachou.

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