Mudança no comando na PF foi bem recebida no STF

20.03.22 16:17

A troca de Paulo Maiurino por Márcio Nunes na direção-geral da Polícia Federal foi vista com bons olhos no Supremo Tribunal Federal. Para os delegados federais que trabalham como assessores de ministros do tribunal, e também para os próprios magistrados da corte, as referências sobre o novo diretor são positivas.

Nos gabinetes, Nunes é tido como um policial técnico e discreto. O ministro da Justiça, Anderson Torres, por sua vez, continua sendo mal avaliado pelos ministros do STF. “Há resistência porque os ministros acham que quem lidera a pasta da Justiça deveria ser um jurista de calibre, com mais substância e mais histórico. Para eles, Anderson não tem força nem peso”, confidenciou uma fonte do tribunal.

Como mostrou Crusoé em sua mais recente edição, graças às últimas mudanças na PF, pela primeira vez o comando da corporação é inteiramente da confiança do círculo mais próximo de Jair Bolsonaro. Isso porque o ministro da Justiça, amigo pessoal do clã presidencial e uma das figuras mais leais ao presidente da República, pôde escolher sem a participação de terceiros toda a diretoria da Polícia Federal, desde o diretor-geral até o chefe da poderosa área de inteligência, passando pela divisão de combate à corrupção, onde correm investigações sensíveis para o Planalto e seus aliados.

Curiosamente, uma das razões da queda de Paulo Maiurino foi a avaliação, feita pelo presidente Jair Bolsonaro a partir de um informe que chegou ao Gabinete de Segurança Institucional, de que ele vinha “cooperando” com o Supremo. Maiurino é amigo de infância do ministro Dias Toffoli. Ele chegou a coordenar a área de segurança do STF quando Toffoli presidiu a corte.

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  1. Tudo em nome da "harmonia" entre os poderes, mesmo que seja para esconder, trapacear, protelar, ocultar, fingir... Exercer funções públicas dá muito trabalho!

  2. Que bom que o ministro da justiça não é do agrado do stf, é sinal que Bolsonaro fez a coisa certa. Até porque estes ministros não tem nenhuma representação popular, a escolha é do presidente da república eleito pelo povo pra decidir o que fazer, gostem eles ou não.

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