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Na Fox, Bolsonaro promete leis de armas como as dos EUA e diz que esquerdistas são ateus

01.07.22 11:04

A entrevista do presidente Jair Bolsonaro (foto) com o apresentador Tucker Carlson, da Fox News, foi ao ar na noite desta quinta, 30. Na conversa com o americano, Bolsonaro não teve problemas em se limitar à agenda de costumes, falando de aborto, de pautas identitárias e da posse de armas.

O presidente disse que aprovou a decisão da Suprema Corte americana, que deixou de considerar o aborto como um direito constitucional, válido em todo o país. A esquerda, a grande maioria deles, são ateus. Eles não respeitam nada. Eles criticam os padres e os pastores. Lula mesmo disse que, se eleito, colocaria os padres, pastores e os militares nos seus devidos lugares. Por isso, quando a Suprema Corte americana mudou seu entendimento sobre a questão do aborto, a esquerda não gostou disso. Mas nós gostamos da decisão da Suprema Corte, porque defendemos a vida desde a concepção. Mas o Lula e a esquerda, não. Lula e a esquerda sempre dizem que é uma questão de saúde pública, que é a mulher que deve decidir. Mas nós achamos que a vida que é dada para a mulher não pertence a ela“, disse o presidente.

Tucker Carlson disse que a esquerda busca introduzir no Brasil a política identitária, seguindo o exemplo americano, e pediu o comentário de Bolsonaro. “É uma forma de dividir para conquistar. Você sabe, mesmo antes de Lula assumir a presidência em 2003, a esquerda já pregava a divisão das pessoas em linhas identitárias, como negros, brancos, patrões e empregados, nordestinos e pessoas do sul, e ganharam seguidores como resultado dessa abordagem. Mas a maior divisão hoje é entre patrões e empregados”, disse Bolsonaro. “Meu sogro é conhecido como Paulo Negão, é um homem negro. Eu sou um homem branco. O racismo existe, mas não como eles descrevem. A maioria dos nossos jogadores são de descendência africana.

Em relação à posse de armas, Bolsonaro lamentou não ter conseguido mudar as leis para permitir maior acesso, mas disse que espera fazer isso no futuro. “Por meio de decretos, nós conseguimos interpretar a legislação da melhor forma possível. E tivemos um aumento substancial do número de pessoas que legalmente podem ter armas de fogo no Brasil. As consequências você pode ver na mídia brasileira e é uma queda no número de pessoas mortas por armas de fogo. Nós entendemos que, uma vez que as pessoas se armam, os bandidos vão pensar duas vezes antes de entrar na propriedade de outra pessoa. Se tudo der certo, teremos um apoio substancial no Congresso e poderemos aprovar leis sobre posse de armas muito parecidas com as que existem nos Estados Unidos“, afirmou.

Reportagem da Crusoé publicada nesta sexta, 1º, mostra qual é a posição dos brasileiros em relação aos principais temas da pauta de costumes. Cerca de oito em cada dez são contra o aborto. Contudo, a maioria não aprova as medidas para dar mais armas para a população.

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