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Nova Constituinte do Chile pode acabar no vazio

30.04.22 08:26

A aprovação de uma Convenção Constituinte (foto) no Chile depois de protestos massivos em 2019 abriu as portas para um texto carregado de direitos de todo o tipo. O esboço que está sendo escrito pelos legisladores desde julho do ano passado fala em um “estado regional, plurinacional e intercultural“, em criar um sistema de aposentadoria público e no “direito à saúde e ao bem-estar“.

Contudo, a probabilidade de que a nova Constituição seja recusada pelos chilenos em um plebiscito em setembro deste ano está crescendo. Segundo uma pesquisa do instituto Cadem, divulgada em abril, 46% dos chilenos dizem que pretendem rejeitar o novo texto e 37% falam em aprová-lo. Foi a quarta semana consecutiva em que o número de chilenos contra a nova Carta foi maior que o dos que a apoiam. No plebiscito que aprovou a formação de uma Convenção Constituinte, em outubro de 2020, 80% dos chilenos gostavam da ideia.

Um dos principais motivos que explicam o aumento da rejeição à nova Constituição é o viés esquerdista de muitos dos seus autores, os quais têm escanteado membros do centro e da direita nas discussões. Com isso, quando um trecho é aprovado, muitos eleitores não se identificam com ele. Um exemplo desse caso é a criação de uma Justiça paralela para os povos indígenas. O tema, aprovado por ampla margem na Convenção, não caiu no gosto da população. Outro caso é o fim do Senado, que seria substituído por Câmaras regionais. Apesar de ter passado na Convenção, a proposta não agradou aos cidadãos.

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  1. A constituição do Chile deve ser um "cover" da constituição "cidadã" do Brasil. Excessos de direitos dos manos e zero de deveres. Ex: Um certo traficante foi preso com uma carga de cocaína, no outro dia, o juiz determinou a sua soltura e a devolução do produto, ... Acreditem se quiserem, mas é verdade, ... kkk!

    1. Ainda bem que o povo chilena tem mais sensatez, já aqui no Brasil comentários como esses... senado é um contraponto. Passar por duas casa com composições diferentes um projeto exige muito diálogo e ausência de radicalismo. Isso é comemorado pelos americanos, mas vaiado pelos brasileiros...

    2. O problema não é o Senado, é o eleitor. O Senado é uma importante força moderadora no legislativo. Pena que elegem figuras como Calheiros, Katia Abreu, Flavio Bolsonaro...

  2. O problema é que a esquerda quer substituir as instituições da democracia liberal por instituições difusas de uma idealizada democracia popular. É claro que não vai funcionar, a democracia liberal já foi testada pela história e passou com folga no teste. Menos Rousseau e mais John Locke, eis o que Chile e nós precisamos em toda América Latina.

  3. Nada, absolutamente nada que vem da esquerda presta. São muitos os direitos dos 'manos', são muitas as "vítimas da sociedade", são muitas as "minorias', são muitas as "cotas" para negros e os brancos pobres que morram só porque são brancos, e as ideologias em casa, na sala de aula, na mídia, em tudo, isso sem falar na sigla da bichaiada-modinha que não para de aumentar, tudo começou com LGBT, e já estão em LGBTQQICAPF2K+, sigla mais comprida que procissão de caminhoneiros, .. kkk!

  4. Os chilenos não precisavam perder tempo e dinheiro bastaria copiar a ridícula e estúpida Constituição de Brazilândia um primor de idiotice insanidade e impraticabilidade pois não se governa milhões com todos os direitos e nenhum dever ... não viramos lixo por acaso.

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