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O arcabouço fiscal ofuscou o retorno de Jair Bolsonaro?

30.03.23 15:51

Horas após Jair Bolsonaro (foto) desembarcar em Brasília, o governo Lula começou a soltar as informações tão aguardadas sobre o arcabouço fiscal. A divulgação pode não ter sido mera coincidência. Ao colocar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar as novas regras para as contas públicas perto do meio-dia desta quinta (30), o governo pode ter tentado justamente tirar a atenção dos brasileiros em relação ao ex-presidente. Se esse era o objetivo, ele foi alcançado apenas parcialmente.

Pouco antes das 13h, o tema de pesquisa “arcabouço” registrou um pico nas buscas do Google, quadruplicando as buscas por Jair Bolsonaro. Mas o efeito durou pouco mais de quinze minutos.

Entre os assuntos mais comentados no Twitter até o meio da tarde, “Meu presidente” e “Mito” alteraram-se na liderança. “Fernando Haddad” chegou a ficar em quarto lugar, mas depois caiu no ranking. Na maior parte dos veículos de notícias, as reportagens sobre a volta de Bolsonaro ficaram acima do arcabouço.

O arcabouço fiscal, afinal, é um tema difícil de ser compreendido, e que por isso interessa a uma parcela menor da população. Bolsonaro, por outro lado, mexe muito mais com as emoções, tanto que teve 58 milhões de votos no segundo turno do ano passado. Não há tantos brasileiros interessados nas contas públicas. “As estatísticas das redes sociais mostram que Bolsonaro segue tento um interesse bem mais alto que o arcabouço fiscal“, diz André Eler, diretor-adjunto da Bites.

Se o governo tentou desviar a atenção de Bolsonaro com o arcabouço, então vale apontar que esse efeito foi limitado.

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  1. Não sei o que é pior: a apresentação do Arcapoço Fiscal ou gente querendo saber do Mito. Só sei que nenhum dos dois fez nada que mereça destaque.

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