O Brasil voltou? Em 6 meses, Lula contabiliza três fiascos

Lula (foto) assumiu a Presidência dizendo que “o Brasil voltou” no cenário internacional. Se voltou, então já se pode admitir que isso aconteceu sem que o país demonstrasse qualquer poder diplomático.

Primeiro, o presidente enviou o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, para Kiev, na Ucrânia, com a intenção de mediar uma negociação de paz para acabar com a invasão russa. Um dia após Amorim se encontrar com o presidente do país, Volodymyr Zelensky, o ucraniano publicou uma direta nas redes sociais. “Eu enfatizei que o único plano capaz de deter a agressão russa na Ucrânia é a Fórmula Ucraniana para a Paz“, escreveu Zelensky.

Segundo, Lula cogitou acompanhar e fiscalizar as eleições da Venezuela no ano que vem. O presidente já disse que o ditador Nicolás Maduro é vítima de preconceito e que o seu país sofre com uma narrativa maldosa escrita no exterior. Lula achava que sua amizade com Maduro acabaria levando-o a realizar eleições limpas e justas, e o Brasil se oferecia docilmente para atestar suas boas intenções. Na semana passada, a inabilitação da candidata María Corina Machado, que estava à frente em intenção de votos na oposição, enterrou essa possibilidade.

O terceiro fiasco veio nesta quarta, 5, quando se anunciou que o bispo nicaraguense Rolando Álvarez continua preso em seu país, apesar de alguns boatos de que seria solto. Duas semanas antes, Lula disse ao papa Francisco que pediria pessoalmente a Daniel Ortega que libertasse o religioso. Mas tudo aconteceu sem que o Brasil tivesse qualquer participação. Ortega, idolatrado por Lula e nunca repreendido pelo brasileiro, continua fazendo o que bem entende.

Não foi o Brasil que voltou. O que voltou, isso sim, foi a diplomacia megalonanica de Lula. O Brasil, como já disse um diplomata israelense, continua sendo um “anão diplomático“.