Foto: Leonardo Mendonça/Câmara de São LuisDiego Rodrigues, o secretário municipal de transportes de São Luís

O caso dos SUV e o “intocável” secretário na prefeitura de São Luís

14.06.23 07:40

O secretário municipal de transportes de São Luís, Diego Rodrigues (foto), é acusado de um caso insólito de abuso de poder e improbidade administrativa: desde a semana passada, o secretário de Eduardo Braide (PSD) é acusado de ter entrado em um pátio de veículos apreendidos da prefeitura e ordenado a retirada de uma SUV, uma Toyota SW4, apreendida com multas. O caso de intervenção direta se deu após a meia-noite.

A história começou a pesar para Braide — que até o momento, preferiu o silêncio. Ainda na semana passada, os vereadores cobraram explicações da prefeitura, do prefeito e do secretário, que assumiu o cargo em março. Um vereador local disse que levou o caso à Justiça local. “Como o município, por meio do prefeito Eduardo Braide, não se pronunciou sobre a liberação do veículo, tomei a iniciativa de fazer as reclamações”, justificou o vereador Marcial Lima (Podemos).

Após o primeiro caso ter sido revelado, ao menos outro veio a público na mídia local. Em abril (portanto, quando ainda tinha menos de um mês de cargo), Diego teria atuado para liberar outro veículo, uma Jeep Cherokee, que possuía três anos de IPVA atrasados até o momento da apreensão.

“O senhor secretário Diego Rafael Rodrigues Pereira avisado sobre a pendência, autorizou a liberação do veículo alegando ser de outro Detran (Piauí) e também um pedido da SEMGOV (Secretaria Municipal de Governo)”, diz o despacho interno do Detran sobre o caso.

A imagem pública de Diego na Câmara já não andava boa. Em maio, ele foi convocado para falar sobre os problemas nos ônibus da capital, após ter faltado a um convite por não ter “as informações necessárias”. Quando finalmente compareceu, o saldo não parece ter sido satisfatório. Em um texto institucional, a Câmara disse que ele “não convenceu”.

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  1. Isto é reflexo de que tudo que se faz de errada nas administrações públicas. Sempre haverá alguém passando pano nas ilegalidades. Se joga tudo para debaixo do tapete, e nada acontece com este calhordas. É a tônica da impunidade. A improbidade administrativa não existe nas narrativas deste corruptos.

  2. Cultura da carteirada. Quis beneficiar amigos e terminou botando o dele na reta. Bem feito! Mas ele certamente só quis repetir o que todos os anteriores fizeram, na dinastia dos Sarnentos...

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