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“O PT sempre teve uma relação complicada com as mordomias”, diz Paulo Kramer

21.05.23 08:01

O cientista político Paulo Kramer, professor aposentado da Universidade de Brasília, comenta para a revista Crusoé a reportagem Lulinha ostentação, publicada na edição 264 da revista.

Kramer toca especialmente no ponto de como a polarização ajuda o patrimonialismo brasileiro. “Nós temos no Brasil essa chaga cívica e política do patrimonialismo. As autoridades se comportam como se o bem público fosse privado. E usufruem dele. Isso não começou nem vai acabar com o Lula. De uns tempos para cá, isso tem crescido ao ponto de se tornar um acinte ao público por conta justamente da polarização e da radicalização política e ideológica“, diz Kramer.

Ele então dá um exemplo de como a polarização interfere na moral: “Se é o meu líder que está cometendo esses abusos, eu faço vista grossa. Mas eu sou totalmente implacável na cobrança de atitudes mais ética e mais modestas se se trata do outro candidato ou do líder do partido contrário“.

Kramer também fala especificamente sobre o Partido dos Trabalhadores: “Os petistas não estão mais nem aí para o que o Lula faz. Eles só estão interessados em apontar o dedo para o Bolsonaro, assim como o pessoal do Bolsonaro só está interessado em apontar o dedo para o Lula“.

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    1. Estamos expressando a mesma coisa com palavras diferentes.

    2. Não é questão de ser direita ou esquerda, os políticos brasileiros acham que a eleição dá direitos a meter as mãos no dinheiro público , não basta o salário precisam fazer fortunas

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