Pastores do MEC foram recebidos por Ciro Nogueira na Casa Civil

14.04.22 19:57

Os pastores Arilton Moura Correia e Gilmar Santos, investigados por intermediar a liberação de verbas do Ministério da Educação para prefeitos de várias partes do país mediante propina, foram recebidos pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, em 8 de dezembro do ano passado.

Naquele dia, Santos e Moura visitaram duas vezes o Palácio do Planalto, onde fica a Casa Civil: pela manhã, por cerca de 15 minutos, e à tarde, por mais 40 minutos, segundo a folha de controle das visitas, divulgada nesta quinta-feira, 14, pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Em seu Instagram, Nogueira publicou fotos dos compromissos que teve no dia. Numa delas, os pastores aparecem na companhia do ministro e do deputado federal João Campos, do Republicanos de Goiás.

Na legenda, Ciro Nogueira lista uma série de pessoas com as quais se reuniu naquela data. Ele omitiu o nome dos pastores. “Dia de muitas reuniões aqui em meu gabinete para dialogar com parlamentares sobre as demandas estaduais e a pauta legislativa do Congresso. Hoje recebi os deputados Antônio Brito, Cacá Leão, Covatti Filho, Pedro Westphalen, Neri Geller e João Campos; as senadoras Kátia Abreu e Daniella Ribeiro; o ex-deputado federal Manato e o reitor da nossa Universidade Federal do Piauí, Gildásio Fernandes”, escreveu o ministro.

Conforme mostrou Crusoé, o pastor Gilmar Santos tem uma filha nomeada como assessora do gabinete de João Campos. O parlamentar, que também é evangélico e figura entre os mais fervorosos defensores do governo Jair Bolsonaro no Congresso, costuma acompanhar os pastores em audiências pelos gabinetes da Esplanada dos Ministérios, inclusive no próprio MEC.

O dinheiro liberado por intermédio dos pastores no MEC saiu do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, cujo presidente, Marcelo Lopes da Ponte, é apadrinhado de Ciro Nogueira e foi chefe de seu gabinete no Senado.

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  1. A transparência é um direito do pagador de impostos e um dever de servidor. Vergonha e indício de mutretas essa tentativa de blindagem promovida pelo GSI

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