Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA

PF indicia Geraldo Alckmin por lavagem de dinheiro, caixa 2 e corrupção

16.07.20 17:23

A Polícia Federal indiciou o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (foto), do PSDB, pelos crimes de lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva. O tucano é acusado de ter recebido 10,3 milhões de reais de forma ilícita da Odebrecht nas eleições de 2010 e 2014.

A PF também indiciou o ex-secretário do Planejamento e ex-tesoureiro tucano Marcos Monteiro e o ex-assessor do governo Sebastião Eduardo Alves de Castro. Segundo delatores da Odebrecht, os repasses ilícitos de 8,3 milhões de reais a Alckmin em 2014 foram acertados com Monteiro, identificado como M&M nas planilhas da empreiteira. Os pagamentos estavam vinculados ao contrato da linha 6-Laranja do metrô paulista, assinado em 2013.

Já Castro foi o intermediário que recebeu o dinheiro em espécie destinado ao tucano em sua casa, no Brooklin, zona sul de São Paulo. As entregas eram coordenadas pelo doleiro Álvaro José Novis, que também fechou acordo de delação, e entregues por policiais militares à paisana que faziam bico para uma transportadora de valores parceira do doleiro.

O esquema de entrega de dinheiro da Odebrecht a agentes públicos e políticos de São Paulo foi relatado por Crusoé em setembro do ano passado, na reportagem sobre o delivery da propina. Agora, cabe ao Ministério Público Eleitoral decidir se denuncia Alckmin e os dois ex-funcionários do governo à Justiça Eleitoral. As penas variam de 3 a 12 anos de prisão.

O indiciamento também alcança a repasse de caixa dois de 2 milhões de reais feito pela Odebrecht a Alckmin na eleição de 2010, por meio do cunhado do tucano, o empresário Adhemar Ribeiro, que não foi indiciado porque os crimes que teriam sido praticados por ele já prescreveram, segundo a PF.

Mais notícias
Assine agora
TOPO