Por Moro, Podemos acena ao Cidadania com proposta de federação partidária

Em busca de apoio à pré-candidatura de Sergio Moro à Presidência da República, o Podemos acenou ao Cidadania com uma proposta de criar uma federação partidária, uma espécie de “união estável”  entre siglas que tem por obrigação durar no mínimo quatro anos.

Caso o plano avance, candidatos do Cidadania teoricamente poderiam aumentar suas chances de serem eleitos no pleito de outubro, tendo em vista que o Podemos tem um nome ao Planalto visto como competitivo e com capacidade de atrair votos para aliados que miram vagas no Legislativo. Em troca, Moro receberia o apoio formal do Cidadania, que passaria a integrar sua coligação, dando-lhe mais estrutura partidária e palanques regionais.

A discussão sobre a possibilidade de o Cidadania ingressar em uma federação já vinha ocorrendo há algum tempo, só que com outro partido, o PSDB, que pretende lançar João Doria à Presidência. As negociações com os tucanos, porém, emperraram, e o Podemos aproveitou a brecha para se aproximar.

Presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire tem dito que a discussão em torno da federação está “totalmente atrelada” a quem o partido apoiará na corrida ao Planalto em 2022. A aliados, Freire afirma que vê “mais convergência” com o PSDB de Doria, mas ressalva que o Cidadania também está aberto a ouvir as propostas do Podemos e de Moro.

Até o momento, a conversa se restringiu a dirigentes do Podemos e a deputados e senadores do Cidadania. Nos próximos dias, Renata Abreu, presidente do partido de Sergio Moro, deverá procurar Freire para detalhar a proposta.