Foto: Adriano Machado/Crusoé

Por que a desistência de Damares de concorrer ao Senado pode ser ruim para Bolsonaro

22.03.22 07:18

Aliados de Jair Bolsonaro avaliam que, caso Damares Alves confirme que não pretende mais concorrer ao Senado pelo Amapá, a campanha eleitoral do presidente da República perderá um importante ativo.

Pesquisas encomendadas pelo PL apontam que a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos agrega” e tem um “discurso claro, humanizado e forteem defesa dos ideais e das bandeiras do Planalto. 

“Quem já pensa em votar nele seguirá votando, ainda que sem a Damares. Mas ela tem o tipo de perfil que pode ganhar novos votos”, comentou um parlamentar do PL, sob reserva.

Para integrantes do PL, a ministra poderia conquistar votos entre as camadas mais humildes da população pesquisa do Instituto FSB encomendada pelo banco BTG Pactual e divulgada na segunda-feira, 21, diz que, na faixa da população com renda familiar de até um salário mínimo, 58% dos entrevistados pretendem votar em Lula, enquanto somente 15% declaram apoio a Bolsonaro.

Além disso, Damares tem forte penetração entre o segmento evangélico, sobretudo por ser pastora. No Amapá, por exemplo, o número de fiéis é superior a 187 mil e corresponde a 28% da população, o que significa que a cada 10 amapaenses 3 são evangélicos. 

A intenção de Damares de não entrar na disputa eleitoral já foi comunicada a aliados. A Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, ela teria garantido que não será candidata. Aliados de Bolsonaro, no entanto, acreditam que ele ainda pode convencê-la a concorrer ao Senado. Procurada por Crusoé, a ministra disse, por intermédio de sua assessoria, que a decisão será comunicada nos próximos dias, após encontro com o presidente.

Se mudar de ideia e decidir entrar na disputa, Damares precisa se desincompatibilizar do cargo até 2 de abril. No Amapá, ela teria como principal adversário político Davi Alcolumbre, que caiu em desgraça entre evangélicos por segurar na CCJ do Senado a análise da indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal. 

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  1. esta pesquisa que informa que a Ministra da Arvore de Jesus agrega deve ser considerada uma boa piada para hoje..... alem de incapaz este senhora é nitidamente uma "puleiro" de eleição....

  2. o centro do poder seria o Senado e não o é pela covardia omissão e submissão deste Pacheco frouxo à corte ditadora a tutelar o patropi pelo terror de mais de 150 processos contra parlamentares por lá ... por isto o governo quer fortalecer o Senado que finalmente exerceria seu nobre papel em vez de arriar os rabos (cauda) a quem pode ser seu carrasco e de quebra se não eleito pode controlar o ladrão mor se o povo resolver fazer haraquiri nas urnas "indevassáveis" do dr. Verboso seu direito.

  3. Damares, candidata pelo Amapá, pegaria uma surra nas urnas. governador, prefeitos e deputados, todos apoiam o Alcolumbre. O último paraquedista que teve por aqui foi Sarney

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