Divulgação/Itaipuxxx

Procurador pede que MPF investigue farra de Itaipu

16.08.19 19:40

O procurador da República Alexandre Schneider, do Rio Grande do Sul, pediu a instauração de um inquérito civil a partir da reportagem “Usina de mordomias”, publicada na edição da semana passada de Crusoé, sobre como a companhia Itaipu Binacional se tornou uma fonte de recursos para bancar viagens e outras comodidades a autoridades do Judiciário.

Crusoé, Schneider afirmou que enviou para o Ministério Público Federal de Foz de Iguaçu uma representação “como cidadão” pedindo a investigação dos fatos citados na reportagem. O procurador avaliou ser necessário que os antigos e atuais diretores de Itaipu respondam sobre os gastos com passagens e hotéis. Na representação, ele pede a “apuração da responsabilidade civil e criminal” pelos pagamentos.

“Sem embargo do eventual patrocínio público de palestras pelas autoridades judiciárias referidas na reportagem, ocorre que a empresa pública despendeu valores para cobrir estadia e passagens aéreas não contempladas nos referidos eventos internacionais, demonstrando que houve manifesto desvio de recursos públicos para fins não republicanos”, afirmou o procurador na representação.

Entre os magistrados que tiveram despesas bancadas pela usina, estão os ministros do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli (na foto, de capacete amarelo, em visita a Itaipu), que preside a corte, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Também está na lista de beneficiados por convênios de Itaipu com entidades que diziam buscar difundir o conhecimento jurídico o presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha.

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