Marcos Oliveira/Agência Senado

Randolfe quer informações sobre voo à Índia de empresário ligado à Covaxin

02.07.21 16:22

O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (foto), quer informações sobre uma viagem feita à Índia, em janeiro, pelo sócio-administrador da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano. Intermediária do laboratório indiano Bharat Biotech, a empresa fechou contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 20 milhões de doses da Covaxin por 1,6 bilhão de reais.

O senador pretende acionar a Agência Nacional de Aviação Civil, a Infraero, a Receita Federal e a Polícia Federal para obter os dados. No requerimento, Randolfe menciona que, embora tenha declarado à Receita Federal uma renda mensal de menos de 5 mil reais em 2020, o empresário supostamente se deslocou em um voo fretado.

O parlamentar planeja pedir aos órgãos públicos a identificação e o modelo da aeronave; o nome da empresa dona do avião; a relação completa de passageiros e tripulantes; e a trajetória da viagem. O vice-presidente da CPI quer saber também o valor do frete e das taxas, com a respectiva forma de pagamento, além da conta bancária, do nome e do CPF ou CNPJ da pessoa física ou jurídica que efetuou os repasses.

O contrato firmado entre a Precisa e o ministério está nos holofotes devido a indícios de corrupção na negociação. Em março, o deputado federal Luis Miranda e o servidor da pasta e irmão dele, Luis Ricardo Miranda, relataram as irregularidades a Jair Bolsonaro durante reunião no Palácio da Alvorada, como noticiou em primeira mão O Antagonista.

À época, o presidente teria afirmado que o esquema era “coisa” do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e prometido acionar o diretor-geral da Polícia Federal. Não há, porém, registros de que o fez na ocasião. Neste semana, Crusoé revelou, com exclusividade, que Miranda afirma ter recebido uma oferta de propina do lobista Silvio Assis para deixar de impor obstáculos à importação do imunizante.

Randolfe declara, no requerimento protocolado nesta sexta-feira, 2, que uma comunicação da Embaixada do Brasil em Nova Deli ao Ministério da Saúde relatou a viagem do sócio-administrador da Precisa à Índia junto à Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas.

A viagem tinha como objetivo a compra da vacina Covaxin pelo governo brasileiro e por clínicas privadas. Maximiano teria relatado nessa viagem que o Ministério da Economia iria promover a abertura de crédito para que as clínicas pudessem adquirir as vacinas intermediadas pela Precisa Medicamentos“, completou o senador.

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    1. Sai do armario Carluxo! Aproveita o bonde do E. Leite e se liberte.

  1. Quem sabe ele esteja tentando compensar o que não foi possível fazer na CPI do hsbc, que terminou de forma pífia, sem indiciar ninguém. Quem era o presidente da CPI? Quem eram os alvos?

  2. Tem de puxar essa pena da Precisa pois é daí que vai vir o galinheiro todo, o sr. Maximiano, o deputado Barros e, como prêmio final, o Bozo.

  3. Esse senador parece aquelas velhas fofoqueiras que passam o dia inteiro na porta fazendo fofoca. O cara não produz nada de útil.

    1. Fatos falam por si só. Senador Randolfe trabalha com honradez! Ofensas só demonstram a falta de argumentos verdadeiros!

    2. Voce tá confundindo com presidente, só fala, nao trabalha.

    3. É um dos paladinos trabalhando para trazer a tona todos os podres do governo no combate da pandemia e, mais precisamente, nos conchavos corruptos para superfaturar compras de vacinas. Daniel, não adianta vir ruminar aqui essa lenga lenga passadora de pano para bandidos corruptos. Você pode comprar todo o estoque de panos q mesmo assim não dará conta de tanta sujeira q esse desgoverno tenta esconder. Bolsonaro é Lula e vc não passa de um sósia de um mortadela vermelha.

    1. Verdade Claudio! Esse não esconde sua essência. Bem diferente de vc q se esconde dentro armário.

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