Clauber Cleber Caetano/PR

Receita se nega a informar resultado de apuração aberta a pedido de Flávio Bolsonaro

04.01.21 19:46

A Receita Federal se recusou a fornecer detalhes sobre o procedimento instalado pelo órgão para apurar supostas irregularidades comunicadas ao Fisco pelas advogadas do senador Flávio Bolsonaro.

Mais cedo, Crusoé mostrou que a Receita, atendendo a duas petições das defensoras do filho 01 de Jair Bolsonaro, instruiu uma apuração interna cujo resultado foi encaminhado à Corregedoria do Ministério da Economia para a adoção de “providências cabíveis”.

A confirmação da abertura de um procedimento interno pela Receita a pedido da defesa de Flávio Bolsonaro consta de um ofício enviado à Câmara dos Deputados em resposta a um requerimento de informações da bancada do Partido Novo.

“As representantes legais do Senador Flávio Bolsonaro apresentaram duas petições formais à Secretaria Especial da Receita Federal. A notícia sobre supostas irregularidades trazidas ao conhecimento da Secretaria Especial da Receita Federal instruiu procedimento específico, encaminhado à Corregedoria do Ministério da Economia para ciência e providências cabíveis”, admite a Receita.

Nos documentos entregues à Câmara, nem o gabinete de Guedes nem a secretaria da Receita Federal detalham quais as conclusões do processo ou que providências foram tomadas após a denúncia feita por Flávio. Questionada por Crusoé, a Receita disse que não iria se manifestar. Procurada, a assessoria do Ministério da Economia não se posicionou até a publicação desta nota.

A defesa de Flávio Bolsonaro tenta a todo custo comprovar que uma suposta “organização criminosa” em funcionamento dentro do Fisco teria produzido relatórios ilegalmente destinados a incriminar o senador e seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Na visão das advogadas de Flávio Bolsonaro, a ilegalidade supostamente cometida por funcionários da Receita, se confirmada, poderia anular toda a investigação sobre o filho do presidente no caso do “rachid”.

Por isso, nos últimos meses, o presidente mobilizou aparatos do governo, como a Abin e a própria Receita, no esforço para tentar encontrar as digitais de auditores do Fisco que teriam agido supostamente de maneira ilegal. Uma das autoridades envolvidas na operação destinada a livrar Flávio Bolsonaro das garras da Justiça é o próprio diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem.

Como mostrou a reportagem de capa da edição 138 de Crusoé, Ramagem enviou, pessoalmente, às defensoras de Flávio dois relatórios produzidos pela Abin para auxiliar a defesa do senador.

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  1. O Governo usa às instituições para beneficiar sua família corrupta. Isso cabe pedido de Impeachment. Cadê, quem ira pedir????

  2. Tornou-se rotina a falta de defesa dos advogados de políticos , a moda agora é garimpar todo processo para tentar achar uma falha, na esperança de anulá-lo. Os Bandidos sobrevivem, se reelegem e o crime continua...

  3. Ameaçam CRUCIFICAR FUNCIONÁRIOS CONCURSADOS E INOCENTES pra livrar um marginal!!!! Essa conduta criminosa, é típica desses covardes, cheios de antecedentes do gênero, que VITIMAM E MARTIRIZAM CIDADÃOS ÍNTEGROS, PROBOS E CUMPRIDORES DO SEU DEVER LEGAL, SAPATEIAM SOBRE A REPÚBLICA , HUMILHAM o POVO BRASILEIRO e DESMORALIZAM o BRASIL pra encobrir seus crimes!!!! Mais uma ""famiglia"" maldita a arrasar com o NOSSO PAÍS!!! "*MUDA BRASIL*"!!!!!!

  4. Isso mesmo, RECEITA FEDERAL, nem pensar em proteger marginais e crucificar inocentes!!!! E está claríssimo que o keirós está ameaçando abrir a bocarra se os marginais não resolverem logo a situação dele, daí o desespero maior que os faz pular curtinho!!!!!!!

  5. Claro, claro. Ninguém esperava outra coisa. Todo mundo sabe que o Bozokid é culpado e que deveria ser cassado o mais rápido possível.

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