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Portugal afrouxa restrições, mas se mantém em alerta

10.05.20 10:55

Portugal tomou medidas de combate à Covid-19 antecipadamente, olhando para o que acontecia com a Espanha e a Itália. As políticas de isolamento social foram implementadas com amplo apoio da população e dos partidos no Parlamento, tanto da esquerda como da direita. Ao restringir a circulação das pessoas, o primeiro-ministro, António Costa (foto), do Partido Socialista, conseguiu uma aprovação de 60% em março. O presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, do PSD, de direita, alcançou uma aprovação de 85%.

“Por enquanto, tivemos uma grande unidade durante a pandemia. Com o país abrandando as restrições, o esperado é que as divergências políticas se acentuem”, diz o cientista político Antonio Costa Pinto, da Universidade de Lisboa.

No último domingo, 3, o país saiu do estado de emergência e passou para o estado de calamidade, menos rígido. Desde então, começou um período de 15 dias de relativa reabertura econômica, que funcionará como um teste. Creches, salões de beleza e barbearias já voltaram a funcionar.

Será preciso redobrar a atenção a partir da retomada de algumas atividades. A expectativa é que o número de contaminados aumente, assim como o de mortos. “Todos estarão olhando para ver se o sistema de saúde público continuará sendo eficiente em atender a demanda. Também há uma preocupação grande com o aumento do desemprego e com a recessão. Tudo isso já está provocando muitos debates na nossa sociedade”, diz Costa Pinto.

O primeiro-ministro António Costa tem dito que poderá recuar na abertura caso a situação saia do controle. A oposição de direita, que apoiou as restrições no início, tem pressionado para que a economia retome seu rumo.

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