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Um armênio e um cazaque no Bolsa Pódio

30.04.23 17:09

Eduard Soghomonyan — o de vermelho na foto, levantando um homem do chão com aparente facilidade antes de derrubá-lo — é o que os brasileiros chamam de “armário”. Com 1,9m de altura e quase 130 quilos, ele é um lutador greco-romano profissional, um dos 20 melhores do mundo em sua categoria.

Ele também é armênio de nascença, indica viver em Los Angeles e não tem parentes no Brasil — país que o cedeu passaporte em 2016, para ser seu único atleta na modalidade que jamais foi o foco da atenção do público.

E foram suas participações nos jogos olímpicos de 2016 no Rio e em 2021 em Tóquio, assim como sua possível participação nos jogos de Paris em 2024 o habilitam como um recipiente do “Bolsa Pódio“, um incentivo aos atletas de elite do país.

Uma lista, de 339 nomes aptos ao dinheiro, foi tornada pública nesta sexta-feira (28) e Soghomonyan receberá R$ 8 mil por mês para representar o Brasil e se preparar para os jogos de Paris.

Atletas de outras modalidades recebem até mais: Bruno Fratus, da natação, irá ganhar R$ 11 mil mensais do governo. Uma lista de 34 nomes, incluindo o canoísta bicampeão Isaquias Queiroz e Darlan Romani, do arremesso de peso, receberão incentivos de R$ 15 mil. Três em cada cinco contemplados é um paratleta, o que deve manter a boa performance dos atletas no jogos.

Nove lutadores da luta greco-romana estão contemplados na lista — o que, diz a confederação do esporte, é um recorde. Entre os cinco homens contemplados, há outro estrangeiro: Marat Garipov, do Cazaquistão. Ele se naturalizou brasileiro no início da década passada e trabalhou em restaurantes para se manter por aqui. Garipov compete na categoria até 60 kg e busca uma vaga nos jogos do ano que vem, na capital francesa.

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  1. O lutador "indica" viver em Los Angeles? O Brasil "o" cedeu passaporte? E foram suas participações o habilitam como recipiente da bolsa? Guilherme Mendes levantou a língua portuguesa do chão com aparente facilidade antes de derrubá-la.

  2. Se o Brasil tivesse tivesse investido nos esportes em geral, não somente no futebol, não seria necessário essa “bolsa pódio”. De bolsa em bolsa será difícil carregar o Brasil no futuro.

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