DiogoMainardina ilha do desespero

Tem de ser já

01.05.20

Eu defendo o impeachment de Jair Bolsonaro. Eu e metade dos brasileiros.

Ele é um agente difusor da epidemia. Seu afastamento, portanto, além de ser necessário, é também urgente.

Com seus disparates, Jair Bolsonaro favoreceu o contágio de um número incalculável de pessoas, provocando um número igualmente incalculável de mortes. Ele foi alertado de que, se continuasse a sabotar a quarentena, isso ocorreria. O que ele fez? Continuou a sabotar a quarentena, e o Brasil tornou-se o principal foco de contágio do mundo.

Da quinta-feira da semana passada até esta quinta-feira, o Brasil registrou 2.605 mortes. Sim, é mais do que a Espanha no mesmo período. Sim, é mais do que a Itália.

O desprezo de Jair Bolsonaro pelos mortos, manifestado em seus discursos no Palácio da Alvorada, é moralmente asqueroso, e merece tomatadas e ovos, mas é ainda mais perverso do que isso: faz parte de sua campanha deliberada para romper o isolamento social, tratando a epidemia como se fosse uma fatalidade a respeito da qual nada pode ser feito – um castigo divino.

A fritura de Sergio Moro também tem a ver com isso. Jair Bolsonaro resolveu queimar o único ministro capaz de resistir às suas tramas golpistas e aos seus surtos psicopáticos, agravados por sua incapacidade de lidar com a epidemia. De fato, ele reagiu acusando Sergio Moro de ter mandado prender os imbecis que desrespeitavam a quarentena.

É o pior momento para ter um desvairado no poder. É preciso afastar Jair Bolsonaro. Mas tem de ser já, para evitar mais mortes.

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