Missão (quase) cumprida

15.05.20

Até a manifestação de militantes bolsonaristas em frente ao prédio de Alexandre de Moraes, em São Paulo, interlocutores do ministro diziam que ele já se dava por satisfeito com os efeitos do inquérito do fim do mundo, aquele instaurado ao arrepio da Constituição para apurar supostas ameaças ao Supremo. A leitura que se fazia era a de que um objetivo já havia sido alcançado: assustar e colocar um freio nos militantes mais radicais que faziam ataques a ministros não só pelas redes, mas também em aeroportos e em outros lugares públicos – Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, por exemplo, chegaram a ser constrangidos com xingamentos. Os atos, de fato, tinham rareado. Até que, em 2 de maio, o próprio Alexandre foi alvo de um deles, bem debaixo de sua janela. O outro objetivo do inquérito, porém, sempre seguiu firme: mapear os articuladores e financiadores das ações que miram o Supremo, bem como eventuais ligações com o entorno de Jair Bolsonaro.

STFSTFMoraes: um dos objetivos do inquérito era ˜assustar˜ os radicais bolsonaristas

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