A ponte

05.06.20

Uma pessoa muito próxima a Jair Bolsonaro fez chegar a Augusto Aras peças do dossiê que amarrava as ligações entre o governo de Wilson Witzel e o Iabas, a organização social que, semanas depois, viraria peça-chave da investigação sobre o governador do Rio. Como mostrou Crusoé, a apuração requisitada pela Procuradoria-Geral da República teve início pouco depois de aterrissar no Palácio do Planalto um arrazoado apontando as suspeitas sobre Witzel e indicando que, ao puxar o fio do Iabas, as autoridades poderiam esbarrar em outros rivais políticos do presidente, como o grupo do governador paulista, João Doria, e a deputada Joice Hasselmann. Logo após receber o dossiê, assessores diretos de Bolsonaro prometeram que mandariam investigar a história. O próprio presidente, informado, disse que era preciso tomar providências. Havia dúvidas se, do Planalto, o material tinha ido parar na PGR. Agora não há mais: uma pessoa envolvida diretamente na operação admitiu a Crusoé, sob reserva, que mandou o material para o gabinete de Aras.

Pedro França/Agência SenadoPedro França/Agência SenadoAugusto Aras recebeu documentos de dossiê

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