O ministro fiel

26.06.20

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, virou habitué do Palácio do Planalto. Que ele e Jair Bolsonaro se transformaram em novos “amigos de infância” não é novidade. Mas há algo na relação que tem preocupado uma parcela dos integrantes da corte. Após deixar a presidência, no final de agosto, Noronha faria uma escala de apenas alguns meses em uma turma criminal, área que passa longe de sua especialidade. Só que, recentemente, ele anunciou a seus pares que optará por esticar sua permanência por lá. A turma é a mesma onde deságuam os recursos de Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente, encrencado na investigação sobre o rachid em seu antigo gabinete. Nas coxias do STJ, a decisão foi recebida com certo estranhamento. Há quem diga que ele quer ficar para, se preciso for, participar do julgamento dos casos do 01. O ministro sabe que é difícil, até porque Bolsonaro já prometeu as vagas para André Mendonça e Jorge Oliveira, mas sonha com a possibilidade de ser escolhido pelo presidente da República para o Supremo.

Emerson Leal/STJEmerson Leal/STJNoronha: agora ele quer ficar na 5ª Turma

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