De novo na trave

03.07.20

Para além de festejar a desgraça de Abraham Weintraub, os militares da reserva que orbitam em torno de Jair Bolsonaro viram em sua queda uma oportunidade de retomar um velho plano para o Ministério da Educação. Logo no início do governo, a turma mais próxima do general Eduardo Villas Bôas preparou um vasto projeto para a pasta, que incluía a revisão de livros didáticos e a reedição, com distribuição para escolas públicas, de clássicos do pensamento liberal para fazer frente à profusão de títulos produzidos durante a era petista. Havia uma lista de nomes, todos avalizados por Villas Bôas, que se encarregariam de executar a missão. Só que o plano foi abatido em pleno voo no instante em que o presidente resolveu entregar o comando do ministério a olavistas. Ainda na transição, Carlos Alberto Decotelli integrava o rol. Quando ele finalmente ganhou a cadeira com a demissão de Weintraub, na semana passada, a turma se animou de novo porque o projeto poderia ser finalmente desengavetado. Ninguém contava, porém, com o festival de barbaridades no currículo do professor.

Geraldo Magela/Agência SenadoGeraldo Magela/Agência SenadoDecotelli: militares tinham um plano detalhado para o ministério

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