MarioSabino

A cota da má consciência

28.08.20

Na escola do meu filho mais novo e também em outras cuja clientela pertence à classe média de verdade, não aquela do IBGE, pais se movimentam para dar bolsas de estudos para alunos negros e criar cotas para professores igualmente negros. De repente, eles perceberam que não havia negros na escola, afora aqueles poucos que trabalham na limpeza e outros serviços subalternos. Ao dar uma espiada nas mensagens sobre a novidade trocadas num grupo de WhatsApp, a minha primeira impressão foi a de que os defensores da novidade tiveram uma iluminação divina como a de Saulo na estrada para Damasco. O mais provável, no entanto, é que a conversão tenha ocorrido por meio das ações afirmativas em comerciais de TV.

Onde estava esse pessoal o tempo todo? A esmagadora maioria não estava ao meu lado, posso garantir. Há quatro anos, contei num artigo:

Estudei em escola pública de 1971 a 1976. Fui para a escola pública depois que a separação dos meus pais empobreceu a minha mãe; voltei para a escola particular depois que o meu pai, casado pela segunda vez, parou de brigar com a minha mãe — e a escola pública havia começado a se tornar um lixo completo. 

As duas escolas públicas que tive a oportunidade de frequentar contavam com excelentes professores, laboratórios bem equipados, bibliotecas decentes e quadras de esporte impecáveis. Eram exceções num universo incomparavelmente melhor do que o de hoje. Filho de médico, eu convivia com filhos de empregadas domésticas, pedreiros, feirantes, comerciários, garçons e, imagino, desempregados. Branco, eu convivia com outros brancos, negros, mulatos, cafuzos e asiáticos. Bom corredor, no pega-pega eu levava olé do Estevão, primogênito de uma lavadeira. 

Nossos filhos não tiveram nem terão semelhante experiência. Mesmo que ocorram vicissitudes familiares como as que marcaram a minha infância, sempre haverá um tio pronto a evitar a ‘tragédia’ de os sobrinhos serem obrigados a sair do sistema privado de ensino. Escola pública, para a classe média, agora é ameaça de castigo para quem tira notas ruins: “Se não se emendar, mando você para uma escola estadual!” 

A falência total da escola pública não é só fruto do descaso, mas de uma política desenhada para o seu aniquilamento — que, paradoxalmente, se acentuou com a redemocratização do país. Destruiu-se a escola pública para enriquecer empresários que, em geral, oferecem ao povão um ensino ruim envernizado por instalações físicas razoáveis. Destruiu-se a escola pública e, com isso, fortaleceu-se a pedagogia esquerdista que prega a desordem, não o progresso. Resultado: quedas contínuas no desempenho dos alunos brasileiros nos exames internacionais e da produtividade dos nossos trabalhadores de qualquer nível. 

Não haverá democracia no Brasil enquanto não houver escola pública de boa qualidade para todos, inclusive os seus descendentes, leitor de classe média. Não apenas porque ela oferecerá chances iguais a pobres e ricos, mas porque possibilitará a queda do enorme muro que separa as classes sociais. É preciso que ricos possam brincar com pobres no recreio; é preciso que pobres possam brincar com ricos no recreio — e, juntos, aprendam o que vale a pena ser aprendido em sala de aula. E, juntos, deixem de ter medo uns dos outros. E, juntos, prosperem e construam uma nação. Quero que, no pega-pega, o meu neto leve olé do neto do Estevão.

Também abordei o desmonte da escola pública em outro artigo publicado em novembro de 2018, já nesta Crusoé, intitulado  O suicídio do Brasil. Relato nele a experiência de ter levado o meu filho caçula para conhecer a minha antiga escola, hoje em estado lastimável, assim como a maioria das suas congêneres.

Ter estudado em escola pública não me dá, evidentemente, superioridade moral ou “lugar de fala”. Mas me dá muito conhecimento de causa. Só escolas públicas de boa qualidade darão chance aos pobres (de todas as etnias) de ascender economicamente. Só escolas públicas de boa qualidade golpearão fortemente a discriminação racial e social. Só escolas públicas de boa qualidade serão a nossa porta de entrada para o mundo desenvolvido. Nos países que eliminaram a pobreza endêmica, as escolas públicas de boa qualidade tiveram um papel fundamental. Elas existem no Brasil, mas formam um minúsculo arquipélago num oceano de precariedade.

Dito isso, não sou contra dar bolsas de estudos para negros, obviamente. Desde que sejam distribuídas também a pobres não negros. A mensalidade ficará mais salgada, mas estou disposto a pagar por isso. Sou contra, porém, estabelecer cotas para professores negros. Pago para o meu filho ter bons professores, e não é a cor da pele que garante a capacidade de ninguém. Se há racismo na escolha dos docentes pela escola, é preciso denunciar o fato criminoso e ter controle externo sobre o processo de seleção. O melhor professor de literatura que tive era negro e homossexual. Mas ninguém levava isso em conta na escola particular em que completei o colegial, e nem tinha de levar mesmo. O Aguinaldo era respeitado por seu conhecimento e a sua paixão pelos grandes autores (ele, aliás, gostava de atribuir cores às personalidades dos alunos. Eu era “geleia”, o que é mais questão de consistência do que de cor, convenhamos, e atribuição não muito elogiosa). Na minha opinião, estabelecer cotas para professores negros é já partir do pressuposto que eles são necessariamente piores.

Ações afirmativas que servem apenas para aplacar a má consciência da classe média branca esclarecida me causam embrulhos no estômago. A convivência natural e sadia de negros e brancos se dá em ambientes nos quais ambos são plenamente iguais e tratados como tal, não naqueles nos quais a cor da pele realça diferenças que não poderiam existir. Escolher ou ser escolhido primeiramente por ser negro, não por ser bom professor, acentua a discriminação de maneira dissimulada. Para cancelar clivagens indesejáveis e ultrajantes, a solução é a classe média colocar os seus filhos na escola pública e lutar para que ela seja boa para todos, com professores negros e brancos bem preparados e bem pagos. Compreende-se que ninguém queira usar os filhos como pioneiros nessa empreitada, mas o caminho é esse. Pinçar negros para estudar ou ensinar em escolas particulares caras, pelo fato de serem negros, não resolverá problema social nenhum. É tão somente hipocrisia que, ao resolver casos individuais, alivia a cota da má consciência.

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  1. Educação continuada pública para TODA a população. O dinheiro existe, só precisa ser bem aplicado. Com relação à Saúde Pública, mesma coisa.

  2. Ótimo texto. Entretanto, é difícil imaginar um Brasil investindo (verdadeiramente) em educação. Nossos gestores - eleitos por um povo que não teve escola de qualidade -, não tem interesse na causa, afinal, o Brasileiro com cultura não elege um palhaço corrupto para Senador, Deputado, Governador e Prefeito, talvez eleja para Presidente.

  3. Parte do meu ensino foi em escola pública e parte em escola privada há cerca de 40 anos. Sou de cor parda e em ambos os tipos de escola convivi com brancos, negros, pardos, descendentes de indígenas e alguns poucos descendentes de orientais (representação quantitativa adequada da pequena presença nipônica no Rio de Janeiro). Dávamos pouca ou nenhuma atenção à etnia da turma. Se alguém me pedisse para dividir a classe em grupos étnicos eu não teria uma resposta imediata.

  4. Perfeito, Mário. Tenho uma história semelhante e que me proporcionou uma visão igualmente próxima à que você descreveu. Concordo plenamente com suas colocações e direcionamentos. Menos discurso politicamente correto e mais ações racionais e concretas poderiam extirpar o câncer do racismo (e não me refiro unicamente aos negros e pardos). Retirar dinheiro de polícia é absurdamente inócuo e perigoso, mas investir em educação de qualidade e universal é um caminho possível e altamente eficiente.

  5. Se existe cota para os negros, então, deve existir para os nordestinos pobres que tanto fizeram pelo sudeste do país. deveria existir cotas para os imigrantes pobres que tanto fez por este país. portanto, voltamos a estaca zero, com direitos iguais para todos.

  6. Sou a favor do retorno da escola Pública .Mas com professor sem medo de aluno ! Gente cor não faz diferença o que nos diferencia e carater e educação .Coisa que os pais hoje parece que ensinam mais a os filhos . Educação começa em Casa .

  7. 8) Educar é desenvolver a inteligência e com ela o discernimento de que somos animais sociais, cooperativos, de que grandes desigualdades provocam instabilidades insuportáveis, disruptivas. Grandes desigualdades não favorecem à convivência, tão essencial ao desenvolvimento do senso de pertença. 9)O Estado deve prover o ensino de qualidade para todos, independentemente de qualquer ‘adereco’. Seja em instituições públicas ou privadas. Educação de qualidade é investimento, não é despesa.

    1. Parabéns pela clareza e objetividade, Teomar. Concordo plenamente com suas colocações.

  8. 4)Humanizar é também prover condições iguais na partida (durante a vida escolar, por exemplo). As posições de chegada serão consequências de opções e aptidões. 5) Os indivíduos ou grupos sociais em desvantagem provisória , não-permanente, devem ser privilegiados com bônus que corrijam a desvantagem temporária. 6) Pessoas ou grupos com limitações permanentes precisam de cotas. Nestes casos não se espera superação da limitação. 7) No geral a sociedade deve ser pautada pelo regime de mérito.

    1. Porque só o jovem negro e não o pobre de pele clara, teria direito ao “bônus” se ambos vivem na mesma precariedade? Qual o senso de justiça de semelhante ideia? Elevar o nível de ensino público - com todos os benefícios que uma boa escola traz - é o caminho, mas demanda gastos e não faz sucesso em palanque eleitoral. Elogiar as cotas e posar de protetor de minorias é bem mais atraente e barato.

  9. Nestas discussões princípios fundamentais e truísmo são sempre esquecidos. Vezes por ignorância , vezes por má fé. Vejamos : 1) Não há evidências científicas de que etnias sejam mais inteligentes que outras. 2) Disparidades sociais e econômicas entre e no interior de populações,são sempre resultado de fatores políticos, econômicos, culturais. 3) Indivíduos e grupos sociais em situação de precariedade e insegurança devem ser amparados , assistidos e promovidos. Está é a essência da humanização.

    1. Concordo! É preciso aprofundar o estudo de questões como estas.

  10. Os brancos não têm esse peso a carregar, é isso é real. Não deve ser ignorado. Penso que, o melhor combate ao racismo e à consequente exclusão social estrutural decorrente para a parcela negra partirá da empatia e voz dos brancos que sim, são privilegiados em função de sua cor.

  11. Discordo da alegada “pedagogia esquerdista”... E para entender a questão das cotas que menciona, é preciso compreender que a questão de cotas para pretos pobres não tem como base as estatísticas ou a régua de dificuldades econômicas entre brancos e pretos pobres. Se refere à balança da escala de poder, que é sim, mais favorável, a nós, brancos, em termos de oportunidades. Há de se ter muita coragem para admitir que tendemos a mudar de calçada diante de um grupo de negros pobres.

  12. Muito bom! Eu estudei sempre em escola pública e nunca havia me dado conta de que foi exatamente porque lá éramos todos iguais que fiquei absolutamente chocada quando, aos 45 anos de idade, ouvi uma pessoa fazer um comentário racista sobre judeu. Para mim, todos éramos brasileiros. Eu nunca vi cor ou olhos puxados ou sobrenomes. Só vi gente igual a mim.

  13. Parabéns Sabino, concordo plenamente com tudo que você escreveu. Cota racial não passa de demagogia de quem não quer resolver o problema. Ou partimos para uma educação pública de qualidade (já foi muito melhor do que é hoje) ou o Brasil estará condenado a ser apenas uma enorme republiqueta.

  14. Em um modelo onde o aluno fica de março a outubro sem ir a escola, é jogado para a famosa segunda época e ainda consegue passar de ano, não há realmente nada de bom a se esperar. #wakeupdeadman

  15. Excelente texto, com o qual concordo plenamente. Também estudei em escola pública, quando era necessário fazer “teste de admissão”. Havia concorrência para ingressar em uma escola Estadual. Grandes Diretores e Professores!! De 71 a 78 fiz o ginásio e o colegial(à época). Éramos todos iguais, na sala de aula, na cancha de esportes ou no recreio. Escolas Públicas na época do Regime Militar, eram excelentes!

  16. Parabéns pelo texto. Sensacional, tocou diretamente no ponto essencial do problema e seu artigo de 4 anos atrás, ainda vale ser repetido muitas vezes.

  17. Sabino, como você , estudei em escolas públicas de excelente qualidade onde conviviam em harmonia negros , brancos , mulatos, pobres e ricos e nunca houve o menor problema e os professores eram excelentes. Sou contra cotas , tem que ver o méritode de cada um e dar condições de estudos em boas escolas públicas. Excelente artigo , Sabino.

  18. Excelente, como sempre, Mário. Tenho sérias inquietações com a questão da ação afirmativa. Morei nos EUA na época dos movimentos pelos direitos civis, acompanhei a morte do King e o início das ações afirmativas. É inegável que as cotas dão acesso, mas inclusão é acesso? Creio que não. Se assim fosse, porque estamos assistindo tanta brutalidade contra negros no EUA? É a convivência que nos torna humanos. E é na escola, onde todos somos simplesmente alunos, que aprendemos/vivemos isso.

  19. Sabino, seu otimismo está mais acentuado seu realismo.. receio que vai repetir trechos deste artigo e dos outros nele citados quando retomar este assunto em alguns anos.. ales jacta est

  20. Investir em escolas públicas de qualidade não dá voto. O que dá voto é colocar analfabetos funcionais em universidades via cotas. Isso o PT descobriu e a esquerda não parou de 'aprimorar'- cota pra tudo. E assim viramos o país dos incompetentes

  21. Desconfio que jamais teremos escolas publicas , tão boas , como aquelas que eu sempre estudei . Bricavamos , estudavamos , jogavamos futebol eu pobre , junto com o filho de um fazendeiro , ou industrial riquissimos . Nunca tive problemas só fiz grandes amizades .

  22. Eu vejo o desastre da educação umbilicalmente atrelado à corrupção endêmica. Não há interesse em educar pois a mente dos gestores públicos, gira cada vez mais em torno da possibilidade de fazer dinheiro rápido. Por isso, enquanto não se colocar bandido na cadeia, rapidamente e por muito tempo, nada vai verdadeiramente mudar. Dar ao país critérios mínimos de moralidade, antecede ao ensino de qualidade. Por isso sempre apostei no Antagonista: A agenda nr.1 deve ser o combate à corrupção.

  23. Estudei em escola privada de primeira linha, sempre estive entre os melhores da classe, mas quando aos 40 anos fui trabalhar na Alemanha em grande multinacional, percebi que a minha formação era limitada em diversos aspectos. Desde então procurei remendar. O que quero dizer é que o meio brasileiro a nos influenciar é tão ruim, que mesmo as melhores escolas acabam tendo que se moldar à situação. O gap cultural com o mundo desenvolvido é abissal. Talvez nos próximos 500 anos algo possa melhorar.

  24. Parabéns pelo excelente e lúcido texto. E finalizou com a palavra que melhor define o sistema educacional no Brasil: hipocrisia. Políticos e ongueiros fazem um belo discurso, mas hipócrita. Tanto as classes mais favorecidas como as menos favorecidas, precisam urgentemente de um sistema de ensino de qualidade e igualitário.

  25. Exato. É importante destacar a parte em q menciona q tb a escola particular é muito ruim..isso tem um motivo tb já tratado nessa coluna: Universidade. A formação do prof. é lastimável. Dou aula no 1 ano do curso de pedagogia, a formação q os alunos recebem na escola não dá a maioria deles condição alguma de pensar. Só reproduzem a ladainha de sempre, pq foi só o q ouviram na escola. Salvo raríssimas exceções.O trabalho a ser feito passa longe das cotas e tb de iniciativas como escola sem partido

  26. Excelente artigo! Estudei em um bom colégio municipal no Rio de Janeiro até a 8a série, tendo oportunidade de conviver com crianças de vários níveis sociais. Escolas públicas de qualidade é que é ação afirmativa de verdade.

  27. Fiz Ginásio, Normal e Faculdade de Engenharia públicos e de excelente nível. Foi com essa formação que fui primeira colocada em concurso nacional público para cursos de alto nível pós-graduação pelo MME com bolsa de estudos para todos. E ouvia de meus pais que o ensino na época deles era melhor. Éramos todos iguais de fato e de direito. Destruíram o ensino público brasileiro. Propositalmente.

  28. Mário, tudo o que está brilhantemente escrito na sua crônica é de uma verdade irretorquível. Seu diagnóstico é perfeito. Para mudar teríamos primeiramente de deixar de eleger cretinos interessados em forrar os bolsos e só. O ensino foi capturado pelos grandes grupos educacionais, que valem bilhões na bolsa, para mudar esse panorama somente com homens sérios no governo e não os corruptos de hoje, de ontem e de anteontem.

  29. Eu também posso dizer com orgulho que a melhor professora de Português que tive na vida, contando desde o Ensino Fundamental até as faculdades em que estudei, incluindo Letras na Federal, era uma negra legítima, ensinava numa escola particular do Rio, no Fundamental II, e dava Gramática e Estilística num grau de aprofundamento tal que não encontrei nem na Pós-graduação! Estudei em muitas escolas, mas ela me deixou um legado indelével, tanto em termos de conteúdo, quanto de exemplo de conduta!

  30. Hum! Pôr filho na escola pública hoje, Mário?!!! É preciso que, antes, ela recupere minimamente a qualidade que começou a perder com a ditadura, tão receosa de gente instruída, e continuou a perder com a democracia, por motivos menos explicáveis (ou nem tanto).

  31. Mais um excelente texto! Comecei a estudar em escola pública depois q meu pai perdeu o emprego nos anos 80. Nossa condição financeira nunca mais me permitiu estudar numa escola particular. Por sorte ainda havia boas escolas públicas, mas era preciso procurar bem. Consegui passar no vestibular em uma universidade pública na época em que não havia cotas. Hj isso seria mais difícil, mas não impossível. O esforço pessoal ainda conta.

  32. Sabino, fiquei emocionado com seu relato sobre as escolas publicas, sou medico e tambem estudei ate 1975 em escolas publicas, que foram destruidas pela pedagogia de ESQUERDA. Nossos filhos não terao. oportunidades de conviver com os desiguais

  33. Mas é isso que a esquerda quer, destruir a meritocracia e criar o tribunal racial ao contrário, os negros entrarão pela cor, não pela capacidade. Isso é mais uma idéia idiota criada pelas esquerda maluca.

  34. Muito bom! Também estudei em escola pública, e depois trabalhei em escola pública e particulares,e vi ao longo dos meus 40 anos de magistério a escola pública se degradar por governos q só veem a educação como palanque! Triste!!

  35. Afinal um texto que analisa o tema em profundidade, sem a superficialidade habitual desta revista. Sejam mais analíticos. Saiam da superficialidade rasteira . Tragam denúncias com fatos e dados críveis e deixem o diz que disse banal

  36. O modelo americano importado de um país sem miscigenação para um dos países mais miscigenados do planeta quer doença, não quer uma sociedade sadia. O inimigo está na estrutura que comanda

    1. Não entendi, modelo americano importado no Brasil? Que afirmação é essa? Não há a mínima similitude entre os dois modelos.

  37. Foi o ensino público , à época de ótima qualidade, dando ao aluno uma chancela de competência pois, a partir do primário, havia uma seleção rigorosa para passar ao Ginasio, eu e meus irmãos pudemos ascender socialmente. O privilégio de uma educação de qualidade nos abriu as portas a uma boa convivência, já que variada era a representação das classes sociais nas escolas do Estado. Uma forma de conhecermos e convivermos com outras realidades, tanto acima quanto abaixo de nosso nivel social.

  38. Sou professora. Apesar de ser branca e pobre na minha época de estudos acadêmicos não existia cotas para nada. Dei um pouco de sorte por ter estudado em escolas públicas razoáveis. Hoje eu sei que se na minha época tivesse cota, eu não teria direito. O que me faz estudar foi saber que era a única porta que dispunha para sair da miséria com dignidade sem dever satisfação para ninguém. A degradação do ensino público de hoje me faz entender a farsa das cotas, o que é lamentável.

  39. Concordo em tudo o que disse Sabino!!! Sempre tive essa mesma preocupação...e também estudei por 3 anos numa excelente escola estadual do interior, onde os professores eram respeitadíssimos por toda a comunidade! Na época, estudar em escola particular não era muito abonador... elas eram chamadas de PP... pagou, passou!

  40. Sabemos bem o que a por traz desse discurso de cotas: a total falta de interesse da classe política em investir no ensino público. E necessário manter a massa ignorante senão como manter o eleitorado no cabresto, dependente de assistencialismo? Não gastam onde devem e ainda posam de bons!

  41. Concordo com Sabino: do mesmo jeito que as cotas sociais para os alunos devem ser de acordo com a renda (não importando a cor da pele), os professores devem ser escolhidos pela competência. Eu sou pardo e estudei em escola pública!

  42. Seria bom se toda a direção da Unicamp lesse artigo. Na ânsia de realizar "ações afirmativas para aplacar consciências" vão acabar reduzindo a excelente universidade pública num gueto de minorias , onde vão apenas inverter exclusão social.

  43. Excelente artigo. Não apenas por ser professora ,mas também por ter tido a oportunidade de estudar em escola pública quando ela era de qualidade, concordo sem vírgulas com o Sabino.

    1. A julgar pelo teu comentário, somos da mesma época. Meus filhos se surpreendem quando conto à eles que nos meus tempos de Primário tanto a professora quanto os alunos se punham de pé quando a diretora entrava na sala para dar algum recado e só voltávamos a sentar quando ela saía. Desnecessário dizer que os índices de criminalidade eram irrisórios. Parabéns por ter escolhido a mais nobre das profissões.

  44. Um país sem futuro é aquele em que cidadãos colocam os filhos em escolas particulares, pagam caro num plano de saúde e acham absolutamente natural morarem num prisão disfarçada de residência ao invés de lutarem para que todos tenham Saúde, Educação e Segurança de qualidade para todos como fruto dos impostos cobrados de ricos e de pobres. Já que a coluna é sobre Educação, alguém aqui sabe o nome do Ministro do MEC sem perguntar ao Google?

  45. EXATO. A hipocrisia reina no país com essa turma muito "consciente"q manda os filhos estudarem no exterior.. Estudei em escola pública todo o meu ensino fundamental o q me custou um preço alto na vida,tive a má sorte de pegar o ensino na abertura política onde os sindicatos dos professores faziam 6meses de greve todo ano,e de nascer pobre branca,meu colegas de todas as cores TB na mesma situação.

    1. Pois é Andrea, sendo que o branco pobre não desperta nenhuma “crise de consciência” nessa gente boa e politicamente correta.

  46. Parabéns ao colunista! É como eu costumo dizer em relação as cotas sociais: estão querendo construir a casa começando pelo telhado. Não vai dar certo! A solução passa por instituir ensino público de qualidade e acessível a todos; inverter a pirâmide de gastos com o ensino público, priorizando o ensino fundamental e médio, e passando a cobrar pelo ensino universitário dos que podem pagar, já que os principais cursos superiores são ocupados pelos egressos das boas escolas privadas.

  47. Estudei em escola pública desde os anos 90, passando por escola técnica e universidade federal. Na minha época a escola pública já era bem ruim e tive de me esforçar muito pra entrar numa federal. Mas de lá pra cá, a situação se deteriorou de tal forma que a escola pública de antes seria hoje um exemplo. Recentemente passei em frente a ela e parecia mais uma prisão. Infelizmente a batalha pela educação é inglória, é como plantar uma árvore, quem planta não colhe os frutos, então ninguém o faz.

  48. Perfeito! Só discordo de você num ponto: sou contra cota para alunos negros nas Universidades também. Até onde eu sei nenhuma escola proíbe a entrada de alunos negros desde que sejam aprovados no vestibular - a falha que precisa ser corrigida está mais atrás, no ensino fundamental e médio , corrigir as causas da evasão escolar desses alunos .Até decadas atrás também era difícil encontrar mulheres no bancos de determinados cursos universitários, não houve cota, houve determinação!

    1. Mesmo porque o preconceito neste país não se limita à cor da pele, mas a todo aquele que foge dos padrões estéticos estabelecidos pela sociedade , é só perguntar a qualquer portador de qualquer deficiência física,ao baixinho, ao gordinho, ao gago , ao tímido ou dependendo da situação até aos mais "feínhos" sobre a dificuldade que encontra para se inserir no mercado de trabalho- espelho de um sociedade superficial e subdesenvolvida que valoriza mais o invólucro do que o conteúdo!

  49. Oi, Deborah, não sei sua idade, mas conheceu a professora Stella Maris, na Cocio Barcelos ? Minha tia, com muito orgulho. Esse artigo do Mário me valeu a assinatura. A base de tudo, do desenvolvimento e do progresso, começa com uma educação de qualidade. Meus respeitos, Mário !

    1. Esse artigo merece ser lido nas duas casas do congresso. Há anos falam e pensam asneiras sobre esse tema. Talvez sua leitura os ilumine. Eu estudei em escola pública, mas sessenta anos atrás.

  50. Eu Deborah de Oliveira Bastos estudei no Colégio público “Dr Cócio Barcelos” em Copacabana no Rio de Janeiro. Fui colega de sala da filha do Dr Niemayer construtor de Brasilia. Confirmo que a mistura entre ricos e pobres nos faz maiores e melhores cidadãos.

    1. José esta. época eu tinha 10 anos. Não lembro desta professora cursava eu a 5ª série. Nasci em 1944 um abraço

  51. Perfeito o seu artigo, o problema é que somos uma sociedade imoral, hipócrita, etc., e não tenho ou não vejo como alterar nosso estado de letargia!

  52. Se alem de cotas para entrar na universidades públicas, você estabelece cotas para o trabalho, qualquer que seja; professor, médico, juiz etc, você está admitindo que as universidades públicas formam profissionais de segunda categoria, são inferiores pelo seu conhecimento!! Creio que a maioria dos negros que estão nas universidades não aceitarão tais decisões. Já imaginou se a NBA, criasse cotas para jogadores de basquete!!! Alguém iria pagar para assistir uma partida de cotistas??

  53. Estudei a vida inteira em escola pública e vivi o terrorismo de precisar passar no vestibular em faculdade pública sem ter "a menor base". Me esforcei muito e consegui, mas tive muita sorte. A minha história de vida fez com que a educação dos meus filhos fosse prioridade número um. Mas gostaria muito que a educação de base fosse um direito universal. Mas educação de verdade em que as crianças pudessem, sem perceber, trazer outra visão de mundo para si e a sua família.

  54. Muito bom Mario Tudo se esculhambou, inclusive os serviços de saúde pública que obrigou a maioria a ter planos de saúde. Desde a falência do que é "público" (incluo a segurança), fez com que muitos comportamentos sociais fossem restringidos, ex, não se brinca mais em rua. O que se pode esperar de uma classe média alta pra + onde as crianças vivem em condomínios e cara vez menos convivem com as periferias? Infelizmente diferenças e não tolerâncias estão sendo construídas dentro de muitos lares!

  55. Como sempre, deu um banho... bons professores, bem formados e informados, sobretudo bem pagos e valorizados no meio social, lecionando nas escolas públicas, é o alcance do sonho de educação e de igualdade real das pessoas, sejam de qualquer cor ou origem...

  56. No interior do RS ainda temos escolas públicas de boa qualidade, com muitos professores profissionais na área e com comprometimento com o ensino. Creio ser situação que se repete em alguns estados e, principalmente, no interior.

  57. Da década de 90, os movimentos favoráveis bem como a jurisprudência dos tribunais consagrou as ações afirmativas no Brasil. Ao revés do apregoado, em praticamente trinta anos de convivência com quotas de acesso ao ensino superior gratuito além dos cargos públicos, não há vestígios de expectativa positiva acerca da igualdade de condições educacionais ou profissionais aos brasileiros das diferentes classes econômicas.

  58. Estudei tanto em escola pública como particular, mas 1968 quando comecei o ginasial, a escola pública era muito melhor que a particular, hoje chega a ser deprimente ver o que aconteceu, a precarização do ensino público, acho que muito em parte de que as empresas que atuam nesse mercado serem muito fortes e contam com apoio político, mas uma coisa é certa o fosso só aumenta.

  59. Excelente argumentação contrária à adoção do sistema de cotas com o objetivo de ocultar as mazelas do ensino no Brasil, Mário. Com efeito, a minha mãe, hj com 73 anos, construiu a sua formação educacional, integralmente em escola pública e alcançou êxito profissional, assim como vc, conquistando acesso nos concursos públicos mais cobiçados. No entanto, eu e meus dois irmãos, cursamos o antigo 1° e 2° graus, já nas décadas de 80 e 90, qdo já desmontado o sistema público de ensino. No início da

  60. Estudei a vida toda em escola pública. Desde o Jardim de Infância até a Faculdade. Estudei em Colégio Estadual, lá nas MG. Excelente! Os alunos respeitavam os professores. A queda iniciou-se logo após o Golpe de 64. Depois disso acabou e adiante esquerdizou geral.

  61. Muito bom!! Tb estudei em escola pública no ensino fundamental e tive a mesma experiência. Saí no ensino médio , meu irmão caçula já foi direto para a escola particular, pois o ensino público já estava totalmente decadente.

  62. Eu também estudei em escolas pública e particular. Sou contra o programa de cotas em qualquer situação. Todos são capazes de estudar e trabalhar, independente da cor de pele ou gênero.

  63. Espetacular, Mário. Não tinha me apercebido desse característica da antiga escola pública. Tenho 70 anos e como todas as crianças daquela época estudava numa dessas EP. Parabéns, cara. Nunca imaginei que isso teria ajudado minha formação tão eclética em matéria de raças, classes sociais. Apenas uma discordância. A gente não gostava nem de via do nem de sapata. Aprendi a respeita-los depois. Valeu.

  64. Perfeito Sabino. Sou angustiado, em todos os momentos precisamos investir em um modelo de super escola com possibilidade de internato aos alunos que não têm um lar pra voltar depois das aulas. A escola teria período integral, professores estimulados a serem "senseis", tanto do ponto de vista técnico-intelectual, com financeiro. O aluno escova os dentes, tem refeições, a escola tem limpeza, ordem, banho, esportes, artes, não se expõe ao caos social. Meu sonho?

  65. Qualquer cota parte do pressuposto de uma subcapacidade do destinatário. Se o negro obtem acesso através de cota, não será necessariamente beneficiado por isso. Será apena incluido no sistema e continuará sendo visto como dependente do esforço dos outros, pois sua capacidade não terá equivalência com a de outros melhores preparados em função da cota. Usar cota por causa da cor só confirma, para muitos, a inferioridade pressuposta do cotista.

  66. Perfeito posicionamento! Dois de meus três filhos estudaram em escola pública, ainda no Fundamental, por conta do plano de Zélia Cardoso de Melo, que confiscou nossas poupanças no governo Collor. A experiência foi extremamente positiva, pois contribuiu para a formação do caráter de ambos, tornando-os pessoas altruístas e abertas ao convívio com pessoas de todas as raças e classes sociais.

  67. Excelente artigo! Também estudei em escola pública, e graças a Deus, consegui vencer na vida. A única forma do país crescer e sair da escravidão é a educação de qualidade. Infelizmente, a maioria da população que precisa da escola pública se vende por míseros R$ 300,00. Vende seu voto por nada. Enquanto a população não acorda e entender que precisa de emprego, cidadania e esmola, dificilmente, o país vai mudar.

  68. Estudei francês na quinta e sexta serie em escola pública, o que me é útil até hoje. Mas com certeza não colocaria meu filho na sucata que se tornou o ensino público Mais uma perda de direito que aceitamos passivamente.

  69. Estudei em escola pública até 1973. Havia ótimos professores. Havia ordem . Havia respeito. Havia organização. Realmente , estudávamos juntos, jogávamos bola juntos , tínhamos atividades juntos : negros , amarelos , pardos , mulatos, classe média , classes mais pobres , etc. Embora já existissem tentativas de separar as crianças mais bem nascidas das mais pobres. Que aconteceu ? Acho que fomos manipulados e enganados por elites políticas que queriam um país atrasado , com população ignorante

  70. Muitos aplausos para Mário Sabino. Sou educadora, em seu artigo disse tudo o que, como educadora e cidadã, professora universitária aposentada pensa e ainda deseja que aconteça no Brasil: uma escola pública de excelência para todos. Muito obrigada por seu texto.

  71. Parabéns pelo texto. Me fez lembrar minha escola em Piraju/SP. Pensamos da mesma maneira !! O que vc acha de trocar Regime de cotas para crianças em ensino fundamental ao invés de faculdades?

  72. Dinheiro para a educação não falta. A fragilidade do controle dos recursos abre uma enorme avenida para a corrupção, infelizmente. A forma de destinação das verbas, da distribuição dos recursos mateirias precisa ser reavaliada. Mas o país, o cidadão, o político, a autoridade está contaminada, com raras exceções. Os mágicos de plantão continuam sempre com as mesmas práticas. Será que um reset muda alguma coisa?

  73. JESUS, alguém com coragem para fugir do oportunista senso comum... me solidarizo com o colunista, passei pela mesma situação com a diferença de que jamais pude estudar em colégio particular, minha família sempre foi pobre (não miserável). A convivência com os “diferentes” (quando o diferente era eu) foi extremamente feliz... não sei quando se perdeu aquela delicadeza, aquela pureza, aquela gentileza. Mas intuo que não serão cotas oportunistas que ressuscitarão o “paraíso perdido”.

    1. Obrigado, Mário Sabino. Você não é médico, mas conseguiu tirar a “espinha de peixe” presa na minha garganta... eu estava sufocado! Farei um screen shot do seu texto.

  74. Análise irretocável. Devemos exigir dos Governantes investimento pesado em Ensino Público, se quisermos realmente mudar esse Brasil. Ou a Sociedade se mobilizar para a empreitada como sugeriu. O ensino particular no Brasil é uma piada.

    1. Seria ótimo se o (des)governo do comediante Paulo Guedes apresentasse proposta para taxar grandes fortunas em vez de pretender, mais uma vez, confiscar o dinheiro de quem tem menos sob o signo da famigerada CPMF (camuflada com outro nome). Seria bom também se os Phoderes de Brasília tomassem vergonha na cara e reduzissem seus inesgotáveis e insuportáveis privilégios. Por fim, lugar de corrupto é na cadeia.

  75. Ao chegar no Brasil entre meados e final dos anos 80 é que me deparei com estas “ diferenças” . Estranhei, não entendi e até hoje tenho dificuldade em aceitar. O texto do Mario me ajudou um pouco a entender. Não me peçam para aceitar ...

  76. Estudei em escola publica na cidade do interior da Italia onde nasci e me criei. Na epoca, na verdade, essa era a unica opção para todos. Apesar de, naqueles tempos ( anos 70 e começo de 80 ), praticamente não existirem alunos de outras etnias, convivia, estudava e brincava no recreio com meninos e meninas de todas as camadas da sociedade ( filho do medico, do gerente do banco, do operário, do gari etc ). Não aprendi a conviver com as diferenças mas simplesmente não sabia que elas existiam.....

  77. Também estudei em escola pública nessa época no Brás em São Paulo. Onde conviviam filhos de imigrantes, migrantes nordestinos, negros, asiáticos...Acho que essa é a melhor forma de integração social, não o "favor" que a classe média concede de dar bolsas para estudantes humildes nas escolas particulares, onde eles continuam sendo discriminado s.

  78. A última frase do artigo é equivalente a dizer que dar esmola para um pobre é hipocrisia porque não vai resolver as mazelas da pobreza no mundo. Ao meu ver, o grande problema é termos muitos Rousseaus que escrevem sobre formas de mudar a sociedade como um todo, mas não movem um dedo pra resolver sequer o problema de uma pessoa. Menos Rousseaus, mais São Franciscos.

  79. Aluno de escola pública, na faculdade tive um professor de linguística, Aguinaldo, brilhante, talvez seja o mesmo mestre que te encantou.

  80. Excelente, Sabino. Só um adendo: tb semeadora d democracia a reforma administrativa do serviço público. Sou funcionário público estadual aposentado e acho absurda a dispararidade em relação aos trabalhadores privados

  81. Parabéns ! Isto deveria circular com grande intensidade, para quem sabe, ajudar a abrir o universo vazio dos que detém o poder da mudança. O Povo, ah! Pão... em tempos de pandemia, o circo é o oficial, com a boiada passando a galope!.

  82. Gostaria que pessoas brilhantes como vc pudessem ser os verdadeiros lideres politicos dessa nacao. Tb nao sou contra cotas para o momento que temos agora, mas sempre questionei a cota racial pq deveria ser cota social. A sua experiencia escolar lhe deu titulo de PHD para entender o sistema. excelente texto.

  83. Estudei sempre em escola pública de ótima qualidade.Fico desolada ao ver como foi desmontada essa estrutura .Sempre concordei que devíamos lutar pela qualidade da pública. Sou contra coras pira negros,gays,mulheres ou lgbt e assemelhadas...se tem que haver ajuda é para pobre não importando cor de pele ou orientação sexual.

  84. Estudei em escola pública até a oitava série da época, e tenho ótimas recordações, quando fui fazer o colegial na particular CLQ - Piracicaba tive também um excelente professor de literatura Chagas, concordo com vc! Abraço

  85. Excelente artigo. Este e o de 4 anos atrás. Também estudei em escola pública estadual, no antigo ginásio e colégio. Em 1972 quando completei o colegial à noite, o ensino já começava a dar sinais de decadência, talvez pela universalização forçada pelo ministro Passarinho no regime militar.

  86. Fenomenal!!! Exatamente o que penso, quase tudo no país é tratado e discutido com uma hipocrisia gigantesca. Crusoé realmente é uma ilha de realidade num mundo cada vez mais hipócrita e cheio de paixões imbecis. Meu dia fica melhor ao ler sua clareza e honestidade intelectual. Parabéns!!!!

  87. Mário Sabino ! Perfeitas colocações ! Perfeita análise ! É disso mesmo que o Brasil precisa ! Qualidade em todas as esferas e cores ! Eu também estudei em escola pública de ótima qualidade .Não havia essa de ser filho deste ou daquele. Éramos todos iguais e muito mas muito felizes sem esse lixo de mentalidade de hoje !

  88. Excelente artigo e verdade quando jovem so entrava na escola publica os mais estudiosos, Colégios como Pedro II , Male Soares eram para elite estudantil os Melhores e destruiram o ensino publico

  89. Mário Sabino, você é mais um racista hipócrita!!!... Você difunde falácias para perpetuar a pobreza dos pretos e a riqueza dos brancos. Sem as ações afirmativas, uma pessoa preta nunca teria a oportunidade para ascender, social e economicamente, assim como ocorre com as pessoas com deficiência visual. A sociedade civil abastada subestima e subjuga os pretos e os cegos para manter a sua hegemonia. Você odiou o castigo de ter sido obrigado a estudar em uma escola pública.

    1. Conversa fiada a tua! O que subjuga os pretos é a pobreza desassistida e desse mal também padecem crianças pobres de pele mais clara. Os políticos propõem cotas porque é muito mais fácil e barato, do que investir na democratização da educação e de outros direitos básicos. E bem mais bacana posar de defensor de minorias!

  90. Como sempre excelente . Uma análise objetiva sobre um assunto que deve ser levado com seriedade. O problema maior está realmente no empobrecimento do ensino público em todos os sentidos. Tenho 72 anos, na minha infância estudei em escola particular e me lembro de que nessa época o medo das crianças era ir para o Grupo Escolar, público, ali a coisa era séria. Na partícula era mamata.

  91. Poderíamos melhorar a formação de professores também. Na minha opinião, no entanto, temos políticos fdps demais. Qualquer governo sério já teria investido em infraestrutura e formação, investimento e depois custeio. Nunca tivemos este governo sério, talvez um ensaio na época do FHC. Muito pouco.

  92. Se a cota pra professor negro é boa ou ruim, só vamos saber depois de dar frutos. É preciso aguardar os efeitos dessa mudança. Não se pode silenciar uma tentativa de inclusão. A princípio, acredito que a seleção para professor ambos são intelectualmente iguais, logo para os alunos é melhor ver negros também ocupando cargos melhores. Isso é inclusão racial, com base meritórias iguais!

  93. A escola pública poderia melhorar bastante se passasse a contratar por curriculum e não por concurso, como ocorre em todos os países desenvolvidos.Ajudaria muito também se todos os professores tivessem que fazer uma prova nacional no seu campo de estudo, quando terminassem a Universidade. Assim, eliminaríamos as faculdades particulares ruins que formam péssimos profissionais e modernizaríamos a nossa caótica educação.

    1. Sou professora na escola pública municipal de BH. Minha formação acadēmica, também se deu na escola pública. Concordo plenamente com o que diz e propõe o articulista...

  94. Extremamente pertinente. Passamos por 8 anos de Governo do Sr Fernando Henrique, mais 8 anos do Sr Lula e não vamos contar o da Dilma e o desmanche da Escola Pública continuou e continua.

  95. Agradeço, emocionado, por esse texto no qual me descrito, pela minha história pessoal muito semelhante e pela minha maneira de entender esse mais que fundamental assunto. Precisão de raciocínio, articulada com sensibilidade e sabedoria. Agora, quando eu polemizar novamente com professores angustiados e bem intencionados (com os mau intencionados não quero polemizar!) posso dizer, para princípio de conversa: "Por favor, leiam A COTA DA MÁ CONSCIÊNCIA".

  96. Esse artigo é o clássico do racista privilegiado que é contra as cotas, inclui até o "conheci um negro que não precisou de cota", que leva aos Sergios Camargos. A cota para o professor negro é a chance dele ganhar melhor e ter seus filhos numa escola boa. Quem tem fome não liga pro que vão achar os privilegiados que não precisam de cota e nem pode esperar décadas pela "refundação social" pregada pelos ricos intelectuais (que nunca virá). Eles precisam da ajuda agora, e pra isso existe cotas.

    1. Namorado(a) negro (a).. pra completar o raciocínio 👇🏾

    2. Bem. Deixando a hipocrisia passar ao largo, o simples fato de alguns terem a opinião de que o Brasil não é um país racista, incorre num equívoco histórico. Desde que foi descoberto o BR foi, é, e seguramente será sempre, um país racista. E pior, não racista quanto a negros, mas quanto a pobres, amarelos, indígenas e afins. Não venham com essas lamúrias, pois duvido que um bom número de vcs, não sorririam de alegria, se vossas filhas(os) brancas(os) comunicassem-nos de seu(ua) novo(a) namorado(a)

    3. Esse Fernando é o típico esquerdopata invejoso e ressentido do sucesso alheio, que julga ser o culpado pelo seu próprio fracasso. E ainda tem o agravante de usar o clássico vitimismo racial.... Digno de dó!

    4. Fernando, gostaria de saber se quando você contrata um profissional, digamos, um médico para um filho doente, sem diagnóstico, você respeita o raciocínio de cotas para dar uma “chance” ou vai atrás de competência sem olhar a cor?

    5. Pedro, não chamei o articulista de racista, falei que ele escreveu um artigo típico de racista, então confiando na inteligência dele, que ele reflita. O que você chama de convivência espontânea e igualitária vai se dar como e quando? Escrevendo artigo é que não é. Cotas para 5 ou 10 professores negros vai ajudar 5 ou 10 famílias, mas como não é a sua família, você é contra, mostrando sua total falta de empatia com quem não tem o privilégio que você tem.

    6. O artigo prega justamente a convivência espontânea e igualitária entre negros e brancos para encerrar de vez o abismo social e vc, Fernando, chama o articulista de racista. E ainda quer falar de falta de estofo e desperdício de privilégio... Cotas para 5 ou 10 professores negros não resolverá nada, só a sua má consciência, tema do artigo

    7. Sim, Denise, seu privilégio. Se tivesse sido você quem tivesse saído da favela pra chegar onde chegou, talvez pudesse usar seu exemplo. O racismo é flagrante ao afirmar que a culpa da pobreza dos negros é deles mesmos, porque formaram famílias desestruturadas. Não precisou de duas mensagens pra mostrar o quanto é racista, e que o incomodo com a cota é devido ao seu racismo, e o verniz "da falta de justiça das cotas para negros exclusivamente (que é debate válido)" caiu com apenas duas postagens

    8. Meu privilégio?! Por ser descendente, majoritariamente (posto que, no Brasil, até brancos descendem de africanos), de brancos pobres que deram o sangue para os seus filhos progredirem na vida? Muito cômodo da sua parte isso dizer isso! Enquanto meus antepassados se acabavam de trabalhar para cuidar da família, muitos negros "formavam" famílias desestruturadas, que desaguaram no bolsa família. Ninguém pode ser inculpado pelas escolhas alheias. Meus antepassados escolheram trabalhar e cuidar da f

    9. Eu queria saber com as besteiras proferidas por Márcio e Denise resolvem o problema do professor negro que já teve uma formação prejudicada e não consegue pleitear uma vaga que não seja subemprego. Tudo, no fim, se resume a mandar as minorias empobrecidas calarem a boca e sonhar com a "refundação social" do Brasil que trará a oportunidade das minorias se igualarem aos privilegiados daqui a 200 anos. Em tempo, a decisão está sendo tomada em uma instituição particular. Por que incomoda tanto?

    10. A sua calúnia é mostra de como o debate está envenenado.

    11. Complexo de inferioridade bem nítido. Classificar pessoas com base na cor da pele agrava a situação. Mulatos, índios, mestiços, caboclos, pardos, como ficam?

    12. Você não quer reparação histórico também? Não esquece de incluir os africanos que venderam aos europeus, os seus ancestrais....

    13. Não, foi uma desqualificação à estratégia utilizada e já reconhecidamente falaciosa. Se lhe falta estofo intelectual para entender isso, significa que seu privilégio foi desperdiçado.

    14. Cara, você começou sua argumentação desqualificando seu adversário. É um erro primário.

  97. Também concordo plenamente com isto! Muito boa análise ! Democracia sem hipocrisia e demagógia se faz com boas escolas públicas para todos e sem professores idealizados

    1. Saiu errado este comentário era para o Fernando. Desculpe-me.

  98. Concordo com suas , sempre boas , visões esclarecedoras sobre os diversos assuntos sobre os quais opina com versatilidade e clareza .

  99. Pleno acordo. Em priscas eras participei um programa de saúde comunitária tínhamos essa visão tanto para a saúde quanto para a educação. O público e o privado tinham que coexistir em sinergia colaboração acessibilidade. Nas vilas o posto de saúde e a escola pública eram soberanos e com um trabalho dedicado eficiente e simplesmente comovente. Havia o sentimento de compromisso genuíno com a comunidade. E bondade.

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