DiogoMainardina ilha do desespero

Sou a anta de Bolsonaro

27.11.20

Depois de Lula é Minha Anta, que publiquei em 2007, estou pensando em publicar “Sou a Anta de Bolsonaro”.

Anta é o apelido que os bolsonaristas deram para O Antagonista.

Na quarta-feira, por exemplo, Carlos Bolsonaro tuitou:

“O que antas e marrecos têm em comum? Todos frequentam diariamente o quarto escuro com tucanos (a ‘oposição’ permitida da esquerda), isso quando não estão no banheiro todos juntinhos fazendo selfie no mictório!”

“Anta” é O Antagonista, “marreco” é Sergio Moro, e o mictório é aquele do estúdio da TV Globo em Nova York, que aparece numa fotografia que reproduzi nas redes sociais, tirada em 2018, com os outros integrantes do Manhattan Connection.

Quando publiquei Lula é Minha Anta, Jair Bolsonaro e seu filho lelé ainda abanavam o rabo para Lula, que estava no auge da popularidade e aproveitava o bom momento para montar o esquema de propinas da Petrobras, que só seria descoberto e desbaratado na década seguinte, pela Lava Jato e por Sergio Moro — com sua voz desafinada e seus princípios afinadíssimos.

No caso de “Sou a Anta de Bolsonaro”, o risco é que o livro caduque antes de ficar pronto. O derretimento do bolsonarismo, de fato, parece ser muito mais rápido do que o previsto, e em vez de durar uma década, Jair Bolsonaro talvez não dure nem mais dez meses.

O banner de O Antagonista que aborreceu Carlos Bolsonaro dizia: “O que Bolsonaro e Lula têm em comum?”.

A resposta é que nenhum dos dois gosta de anta nem de marreco.

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