O pacotão de Lira

18.06.21

A agenda da Câmara dos Deputados contra o combate à corrupção voltou com força. Além de aprovar o afrouxamento da Lei de Improbidade Administrativa, com votos de partidos governistas e de oposição, Arthur Lira fez outros movimentos nesta semana. Um deles foi incluir na pauta do plenário um projeto para impedir que políticos condenados por atos dolosos de improbidade e punidos apenas com multa sejam considerados fichas-sujas e, assim, fiquem impedidos de disputar eleições. Também está acelerada a tramitação da proposta de emenda constitucional que modifica a composição do CNMP, o Conselho Nacional do Ministério Público – uma iniciativa destinada a deixar promotores e procuradores mais expostos ao risco de punições porque a ideia é ampliar o número de conselheiros indicados por políticos. A expectativa é que o texto seja votado em no máximo dois meses na comissão especial criada para debatê-lo. Feito isso, restará apenas a votação em plenário. A comissão, ironicamente, é presidida pelo notório Dudu da Fonte, correligionário de Lira no Progressistas e investigado em diversas frentes na Lava Jato. Chefes do Centrão querem ainda aproveitar a oportunidade para apresentar outras propostas que, nas palavras deles, têm por objetivo conter “abusos do Ministério Público”.

Câmara dos DeputadosCâmara dos DeputadosLira prepara novos lances na ofensiva contra o MP

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